
Chego a casa desgastado de mais um dia de aulas, mas contente por finalmente chegar ao meu destino. Na realidade não me apetecia mais nada senão sentar-me a relaxar e ouvir um bocado da minha música. Percorro a discografia do meu disco externo, e parece-me adequado ouvir umas boas malhas, de um gajo que não pediu aquilo que tanto teve em excesso (e de uma banda que também o teve mas soube lidar com isso). Falo, claro está, da banda composta pelo frenético Dave Grohl, o irreverente Krist Novoselic e o "sempre adolescente" Kurt Cobain. Saudosos Nirvana!
A discografia, tenho-a toda, e há alturas em que o mais difícil não é escolher o melhor: Nevermind, pois claro. Por mais que tente ouvir pela 15ª vez os outros álbuns, não o consigo fazer... vou sempre dar ao Nevermind. Será cliché para os de fora, ver ser escolhido este álbum como o eterno favorito de todo o fã dos Nirvana? Provavelmente isso acontece com frequência, e provavelmente aquilo que me diz a mim o álbum, também é transmitido a quem o considera como um dos mais marcantes das suas vidas.
Não sei explicar bem o seu significado para mim. Mas sei que não é, simplesmente, o arranque sublime dos acordes da "Smells Like Teen Spirit", nem a genialidade simples da "Come As You Are", nem mesmo o espírito grunge a explodir na "Breed". Não, também não é o significado da "Lithium" (música que me agarrou e, basicamente, me trouxe para este mundo), muito menos a sequência de energia adolescente que vai desde a "Territorial Pissings" à "Stay Away". O facto do álbum ter sido gravado durante o meu primeiro de nascença também nada tem a haver com a grandiosidade que o disco tem para mim, não me considero tendencioso neste tipo de coisas (dizer que sou a reencarnação do Cobain, é pura brincadeira). É algo mais do que isto tudo.
O que é certo é que chego ao fim do álbum, e parece que acabo de chegar a casa vindo de Seattle, onde convivi com gente que cantava aquilo que eu sinto noutra língua, e sem as frustrações que me atormentavam no início da "viagem". Não sei se isso explica alguma coisa, mas é o máximo que consigo transmitir do significado do Nevermind para mim.
Sem dúvida, um dos álbuns da minha vida.
P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum (sim, completo), e aqui para consultar o alinhamento.
*Um dos Tais Álbuns
7 comentários:
Escrito por quem aos tres anos nao saia de casa sem o casaco aos quadrados:comó couco bain mae!!
Optima escrita!
Ao primeiro comentário: é uma das verdades de infância que não se pode negar :P
Ao segundo: muito obrigado.
Concordo com o segundo comentário :) Já te tinha dito :P
Tens uma escrita maravilhosa e ao contrário do que pensas não és nada mediocre. Os teus textos são as provas! :)
Muito obrigado pelo elogio :)
Chegava ao ponto de dizer q és mais parecido comigo próprio do q eu mesmo.
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