sexta-feira, 26 de março de 2010

"Embrace me... Surround Me... As the Rush Comes"



A minha playlist de Março:

Ibiza for Dreams- Diego Miranda (clichê, eu sei... mas impossível de se evitar)
Sonic Youth- I Love Her All The Time
Tonight I have to Leave It- Shout out Louds
Motorcycle- As the Rush Comes (é a influência das circunstâncias...)
Muddy Waters- I Just Wanna Make Love to You (versão de Etta James)
Wipers- D-7 (versão dos Nirvana, Live at Reading)
System of a Down- Shimmy
Grizzly Bear- Two Weeks
Gogol Bordello- Start Wearing Purple
Low Place Like Home- Sneaker Pimps
My Morning Jacket- Run Thru

terça-feira, 23 de março de 2010

"Are we Human?"



O Benfica, poupado (pelo próprio treinador) de recursos, derrotou por esclarecedores 3-0 o FC Porto no passado Domingo, vencendo a 2ª edição consecutiva da Taça da Liga.
A força mental demonstrada, a qualidade táctica que aqueles jogadores que são, supostamente de 2º plano, o incrível entrosamento do onze inicial (com 2 jogadores que chegaram a meio da época, e com uma estrutura táctica nunca antes usada esta época) é algo de obra e graça de Jesus. Jorge Jesus.

O treinador encarnado tem vindo a fazer crescer a equipa de uma maneira quase inimaginável. É quase incontestável, algo quase indiscutível, mesmo para os mais cépticos que afirmavam, antes deste jogo, que ainda não tínhamos ganho nada.
Estes últimos podem, agora descansar. Os críticos, engoliram este pequeno sapo.

Como se não bastasse todo o esforço e dedicação de JJ nas conquistas no maior clube nacional, ele demonstrou um bocado da sua faceta humana, do seu feitio simples, dedicando a vitória ao pai, e emocionando-se. Jesus é, acima de tudo, humano.
Como benfiquista que sou, só posso desejar as melhoras ao pai do nosso treinador. Eu perdoou-lhe o facto de a dedicatória não me ter sido dirigida. E não tenho problemas em continuar a perdoar isso ao mister.

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Eles não sabem que o sonho..."

(José Águas ergue a Taça dos Campeões Europeus conquistada pelo Benfica, 1961)


O despertador acorda-me de um sonho bonito: Benfica marcava o 2º em Marselha, e eu, mobilizado por não ter percebido o lance, ouvia falar no golo que Carlos Martins apontara. O Benfica dava a reviravolta e eu acordava. Estranhei a importância que o meu subconsciente dava ao jogo em vésperas de viagem de finalistas e de férias.
Nada muito diferente se passou hoje no Velodróme: Minuto 90, Aimar bate o livre, confusão na área, e Kardec, atira, forte, para o fundo das redes de Steve Mandanda. O Benfica mergulhava nos quartos-de-final da Liga Europa! O sonho não foi tão diferente daquilo que se passou.

O que concluo, agora que escrevo a semi-frio (nem a quente nem a frio, no que à euforia toca), é que o Benfica ganhou outra dimensão com o jogo que fez em França- algo inimaginável nos sonhos mais cor-de-rosa do adepto comum da época transacta. O Glorioso banalizou um dos melhores meios-campo da Europa, e "carregou" no acelerador, ultrapassando erros escandalosos de arbitragem, e um pessimismo estranho. A equipa abanou, reagiu, sacudiu os demónios, e deu dois pontapés na moral de quem tinha marcado primeiro e tinha a eliminatória a seu favor.

A jogar assim, nós, adeptos, podemos sonhar alto com os voos de águia de Jesus. Porque este teste foi determinante, e não aqueles testes que outros críticos quiseram colocar ao Benfica para provar o seu real potencial (Everton, FC Porto, Sporting...).

O sonho tem asas para voar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

"(...)"

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Don't you need somebody to love?"



Saúde-se a memória- desde há um ano para cá que não dispenso Jefferson Airplane. Foi por estas alturas que uma pessoa que muito já me deu e continua a dar de vida, me abriu as portas para este rock "diferente". Estou-lhe agradecido.
Saúde-se a memória- Anos 60! Flower Power, e o nascimento, para a música, de nomes tão importantes como Janis Joplin, Jimi Hendrix ou a fantástica Grace Slick (vocalista dos JA). Somebody to Love, graciosamente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Just because you feel... good!"


(não é a melhor música deles, mas é das mais conhecidas... não embaraçando o resto material destes senhores e senhora)


Fui, no ano passado, à 3ªedição do festival Optimus Alive!. Estreei-me neste festival, e fiquei surpreendido pela quantidade avassaladora de música "pura" que me ofereceu no dia em que fui. A começar por Silversun Pickups no palco secundário (onde tive outras surpresas agradáveis), a uns surpreendentes Mastodon, aos sublimes Machine Head, aos míticos e eternos Metallica e à energia revitalizante de Slipknot (um dos concertos em que mais vibrei em toda a minha vida... fica marcado!).

A impressão com que fiquei do que foi o festival o ano passado e de tudo o que foi sendo avaliado nele, fez-me considerar a hipótese de repetir a minha presença. O cartaz de uma machadada na consideração, que deu lugar à certeza: vou!
Duas das minhas bandas favoritas de sempre (Alice in Chains e Pearl Jam) por tudo o que representaram no início dos anos 90, e ainda os imperdíveis Faith No More.

Hoje fiquei a saber de mais uma banda no festival para preencher o dia do "meio": Skunk Anansie. Uma banda da minha infância, provavelmente a banda de rock alternativo que mais estereótipos me tirou relativamente a este tipo de música: começando pelo sexo da vocalista. Depois, as guitarras, monstros sentimentais, e uma boa percurssão fazem do Optimus Alive!2010 imperdível! Os 3 dias.

segunda-feira, 8 de março de 2010

"I love rumors! Facts can be so misleading, where rumors, true or false, are often revealing"

(Chris Waltz a receber o Óscar de melhor actor secundário pelo filme Inglourious Basterds)


Perante a longa lista dos vencedores dos Óscares2009, há um proprietário da estatueta que eu tenho de destacar: Christoph Waltz, como melhor actor secundário em Inglourious Basterds (Sacanas sem Lei). Vi o filme, como muitos outros do mesmo ano, e lembro-me de o ter considerado o melhor do ano até à data... isto, até este ser superado. Mas esta convicção que me ficou deveu-se, acredito, essencialmente, à performance magnífica de Christoph Waltz como Coronel Hans Landa. Não me lembro de ver uma personagem tão credível relativamente à sua expressividade.

Recomendo vivamente aos fãs da 7ª arte o visionamento ou re-visionamento do filme... muito pelo que este senhor faz.

sábado, 6 de março de 2010

"You don't know how you're coming across"



É curioso. Ao longo dos tempos vamos conhecendo coisas, mas nem sempre nos apercebemos do seu real valor para nós. Algumas coisas passam-nos despercebidas, achamos ordinárias as suas qualidades... até que nos apercebemos (por norma com o afastamento) do que essas coisas significam para nós.
Esta música é um exemplo. "Convivi" muito com Placebo no meu mp4 durante o verão passado, mas esta música sempre me soou à habitual qualidade nestes senhores, uma música normal dada a banda; sem nunca ter dado conta do peso emocional que descarrega no solo intenso e apaixonante... até ontem.

quinta-feira, 4 de março de 2010

"Um segundo ao teu lado, já preenche uma vida"


Sedução. Toda a gente fala dela, algumas pessoas gabam-se da mesma e promovem as recentes conquistas ou as velhas glórias. Mas vejo nessas pessoas uma certa insatisfação, de quem não consegue encontrar aquilo de que precisa, de facto. Não conseguirão, por certo, dar resposta ao desejo carnal mais profundo. Encontrar a conquista ideal.
E, assim, os galãs ou as "putas" falam do que "comeram"... e continuam a falar. Os miseráveis.

Pessoas como eu, que se gabam de conquistas, e não conseguem encontrar a satisfação suprema. Por muito prazer que tenham nas muitas relações que estabelecem. Não conseguem encontrar aquele ou aquela que lhes encha as medidas, "carnalmente". Não é uma palavra doce no fim de um dia esgotante, não é uma palavra que torne fácil um dia complicado, não se baseia no tédio das relações duradouras. Porque isso não é tudo.

Encontrar alguém fisicamente perfeito aos olhos de quem procura, isso sim, é tudo. Isso sim, preenche uma vida. São os teus olhos verdes luzidios numa noite difícil que dão luz à escuridão. É o teu cabelo liso, ruivo, incandescente, que incendeia uma casa carecida de fogo. São os teus seios, imponentes, meio despidos, que dão um abanão na minha apatia. É a tua pele clara que dá a clareza e a simplicidade aos meus devaneios. É a tua voz, penetrante, que invade o círculo do meu ódio e deixa sair qualquer réstia dele. E depois, é o sexo, intenso, que põe os meus problemas mais sérios em segundo plano.

São estes momentos que faltam aos miseráveis, aos "impreenchíveis"... que vivem na esperança de encontrarem a conquista maior. Um dia, quem sabe.

terça-feira, 2 de março de 2010

"This is the world we live in"

(Imponente, não é? Não a desperdicem.)

Factos:
- Um icebergue do tamanho do Luxemburgo, desprendeu-se da Antártida após a colisão com outro bloco de gelo gigante. Corre-se o risco de se afectarem algumas correntes oceânicas.
Há também o risco elevado de se originarem correntes termohalinas (correia transportadora do oceano responsável por fenómenos como o El Niño).

- A Madeira ficou devastada após a passagem de uma tempestade de proporções catastróficas. Mais de 40 mortos, 2 milhares de euros em prejuízo, vários postos de trabalhos e lares afectados. Há muito que não acontecia tal coisa na ilha do Sol- conhecida pelo seu bom tempo.

- Há quem ignore estes factos, e continue a invadir o meio ambiente de "lixo".

Questão:
Deve-se ignorar os avisos dos cientistas para o aquecimento global?

segunda-feira, 1 de março de 2010

"The whole world is watching"


Era Sábado à noite, e eu, sentado no meu sofá, assistia ao que me restava de um filme que intrigou mais cedo (graças à evolução recente da tecnologia da ZON, consigo agora gravar filmes e séries sem o mínimo esforço). Tinha o nome de "Battle in Seattle", apresentava um elenco algo apelativo- Jennifer Carpenter (Debra Morgan, em "Dexter), Charlize Theron, Michelle Rodriguez (Ana Lúcia em "Lost") ou Martin Henderson são nomes das faces de uma nova geração de qualidade na área cinematográfica-, e, para além disso, tinha uma descrição do filme que me chamou a atenção: Em 1999, um grupo de manifestantes decidiram protestar contra a Organização Mundial do Comércio (que iria ter uma ronda de negociações na cidade de Seattle), reclamando democracia (igualdade entre países, com a satisfação de necessidades básicas em alguns deles), o filme retrata os confrontos entre os pacíficos manifestantes e a polícia de Seattle, assim como as consequências do protesto e a vida de algumas pessoas envolvidas no mesmo- desde a morte do irmão de Jay (Martin Henderson) num protesto anterior, até à sua relação amorosa com Lou (Michelle Rodriguez), passando pelo filho de Ella (Charlize Theron) que morreu, ainda na barriga da sua mãe, fruto de um mal entendido pela polícia de Seattle.
A enorme aderência ao protesto, e as consequências do mesmo (impossibilidade de se fazer a ronda negocial da OMC no dia previsto devido a cortes na estrada), levam o prefeito da cidade de Seattle a declarar o estado de emergência e impôr um recolher obrigatório na cidade.

Tudo isto: a dedicação dos manifestantes, as prioridades descabidas da OMC, a agressividade da polícia perante manifestantes pacíficos... fizeram-me pensar, e só reforçaram a primeira ideia que tive da Organização Mundial do Comércio quando comecei a dar, na disciplina de Economia A, trocas comerciais. Comentei o meu ponto de vista logo com o meu pai, o qual concordou comigo mas parecia não estar muito dentro do assunto (já que não se alongou).
A minha perspectiva sobre a OMC mantém-se, e foi reforçada pelo contagiante filme de Stuart Townsend: esta organização, apesar de dizer que tenta regular o comércio mundial e que pretende diluir as diferenças entre países ricos e pobres, só acentua estas mesmas diferenças permitindo o livre-cambismo. Isto porquê? Porque dá aso a que as grandes empresas mundiais possam "invadir" os recursos dos países em vias de desenvolvimento, e retirar o que se quer deles com poucas contrapartidas financeiras para estes. Assim, se mantém as diferenças entre estados. E querem saber da melhor? Ninguém os consegue parar: se há países a "fugir" desta organização, que já conta com 153 países (97% do planeta), serão logo marginalizados nas trocas mundiais; para além disto, o poder da OMC permite-lhe impôr regras, ignorando as prioridades de alguns espaços nacionais.

A responsabilidade ecológica que esta organização acarreta, e o perigo que esta constitui, por exemplo, para a biodiversidade (fruto das "violações" que a organização não só permite como incentiva às grandes empresas) seriam outros temas que poderia debater, e que acho pertinentes, mas já me prolonguei demais. No entanto, apelo à vossa reflexão sobre o estado de Democracia do nosso planeta e do papel da OMC e das grandes corporações no mesmo.
Chamem "crise" à crise, e não nos atirem areia para os olhos.