quinta-feira, 29 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
"parto rumo à primavera, que em meu fundo se escondeu"

Sozinha, aparentemente. Dizem-lhe de tudo, passa-lhe ao lado. Já lhe passaram os tempos de glória, mas isso passa-lhe ao lado. Nada a atinge com impacto. E ela segue para a vida, sozinha. Caminha, devagar, sobre o piso irregular dos 40 à esperança de encontrar um elixir que a rejuvenesça.
Quando ainda está no início, parece encontrá-lo. "Finalmente!", exclama com alívio. A solução dela para a estabilidade, o sonho de se tornar jovem outra vez e para sempre. Aquilo que andava a precisar. Todos os problemas curados pelo encontro de todas as soluções numa só embalagem: reconhecimento da juventude, sexo e poder. Podia, agora, despreocupar-se...
... mas tudo não passa de uma miragem, criada pelo destino que pune quem não aceita o estado vivido. E chora.
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
"Cinco da manhã. Cerveja, Martini e Morfex"

A ascendência está-nos presente. Não só em nós, mas na nossa alma, nas nossas experiências. É o passado do qual jamais podemos fugir. Em tudo, as origens são algo enraizado com a força de uma, duas, três vidas.
A ascendência da minha vida amorosa (e dos que de mim descenderão) está presente em ti, acorrentada ao momento em que nos beijámos pela primeira vez atrás do pavilhão. Éramos virgens de quaisquer experiências daquela dimensão, imunes a qualquer facada na inocência.
Por mais que tente fugir, por mais que tente abandonar o passado, jamais poderei sair do momento em que o amor bateu mais forte que nunca. Foste e és presente pelo momento que eu não queria assim tanto, e tu querias obsessivamente.
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quinta-feira, 22 de abril de 2010
"Good Times, Bad Times"

A viagem de finalistas passada em Ibiza continua-me a deixar marcas: foi graças ao evento que comprei um imenso arsenal de leitura- principalmente revistas. Nesse, encontrava-se a Blitz (que voltava a comprar passados uns bons meses... que saudades que já tinha das crónicas do Dr. Bakali!) com um tema de capa extremamente apelativo em termos pessoais- Heróis da Guitarra.
Deixei o melhor para o fim, e ainda estou para ler a parte final desse mesmo artigo, no entanto houve algo nele que me chamou a atenção: a entrevista concedida por Jack White (White Stripes) e Jimmy Page (Led Zeppelin) a promover o documentário "It Might Get Loud", com os próprios.
Nessa entrevista, Jack e Jimmy partilham, entre muitas e mais valiosas coisas, o "desdém pelo Guitar Hero" (tal como refere, precisamente, a Blitz numa legenda a uma foto dos dois).
O lendário Jimmy Page diz que não acha que qualquer pessoa consiga ficar familiarizado com a música a partir do jogo, recusando convictamente essa ideia. Jack White partilha da mesma opinião, pegando nas más da fita das editoras que afirmam a importância do jogo para a chegada de novos talentos com ideias inovadoras.
Ora bem, eu, por muito que venere Jimmy e admire Jack, não consigo concordar com eles. Porquê? Por uma razão simples: foi o Guitar Hero que me pôs a "pulga atrás da orelha" no que ao tocar guitarra diz respeito; foi o Guitar Hero que me aproximou da ciência da música, e das suas origens; é, ainda hoje, o Guitar Hero, que faz o miúdo sequioso de atenção dentro de mim sonhar com a presença num palco respeitosamente observado por dezenas de milhar de pessoas.
Eu próprio fui afectado pelo jogo, e não trocaria a forma como a minha aproximação se deu. Conheço a quem tenha acontecido semelhante... no entanto, não conseguir ver o que o jogo fez à indústria é compreensível dado o tempo que os dois guitarristas levam de guitarra- são mudanças que não se aceitam pela falta de estudo sobre as mesmas, tal como, por exemplo, o direito da igualdade racial num determinado país (nesse, qualquer ideia contra a mesma será ridicularizada ou marginalizada...).
Compreendo os meus ídolos, mas não concordo (NADA!) com eles.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
"(...) your livin' is easy"
Podia pôr a versão original desta música pela melancolia que as guitarras proporcionam, e por eu próprio ser fã da performance de James Gurley e Sam Andrew (guitarristas que colaboravam com Janis Joplin). Mas na versão de estúdio que Janis Joplin fez desta música não se evidencia tanto o divino poder vocal desta verdadeira Deusa da Música.
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quinta-feira, 8 de abril de 2010
"Oh shit run!"
Descobri os My Morning Jacket num episódio de American Dad. Ironia, por tão exposto que é e tão popularucho que soava (ser apresentado assim, num episódio de uma série televisiva transmitida por todo o mundo). Desprendi-me de complexos, e fui experimentar. Resultado? Amor à primeira nota.
O canto que a guitarra solta logo no início desta música deixou-me desamparado, e não tive outra opção senão colar-me a ela durante 6 minutos. Lindo, simplesmente.
Acompanhou-me por uma viagem de finalistas alegre, esteve comigo em outros momentos de menor celebração... sempre presente. Hoje, ao percorrer o álbum dela, não pude ficar indiferente a outros sons... mas este destaca-se.
Ouçam-na com vagar.
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