
Sozinha, aparentemente. Dizem-lhe de tudo, passa-lhe ao lado. Já lhe passaram os tempos de glória, mas isso passa-lhe ao lado. Nada a atinge com impacto. E ela segue para a vida, sozinha. Caminha, devagar, sobre o piso irregular dos 40 à esperança de encontrar um elixir que a rejuvenesça.
Quando ainda está no início, parece encontrá-lo. "Finalmente!", exclama com alívio. A solução dela para a estabilidade, o sonho de se tornar jovem outra vez e para sempre. Aquilo que andava a precisar. Todos os problemas curados pelo encontro de todas as soluções numa só embalagem: reconhecimento da juventude, sexo e poder. Podia, agora, despreocupar-se...
... mas tudo não passa de uma miragem, criada pelo destino que pune quem não aceita o estado vivido. E chora.
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