domingo, 4 de julho de 2010

"Ouro Negro" VI

Antes de mais, quero agradecer, neste momento em que chego aos 100 posts, o apoio que me deram desde o início d'ADitaEscrita. 100 posts em 9 meses, dá qualquer coisa como mais de 10 posts por mês, e isso deixa-me feliz. Espero chegar aos 200, 300, 1000!... e tocar em temas ainda não explorados.

Passando aos assuntos mais "profissionais":



"Natural, de laranja"

Fiquei feliz e satisfeito com o jogo Brasil-Holanda da passada sexta-feira. Vi-o com um amigo meu e desde cedo o avisei de que iriam haver muitos golos, muito pendor ofensivo de ambas as partes. E, digamos, acertei. Foi um jogo atípico para este mundial, dada a sua irreverência.
Alguns lances de perigo, favorecidos por um Brasil inexplicavelmente fragilizado em termos defensivos (e SE lá estivesse Luisão?); um dia bom para uma Holanda igual a si própria no ataque.
Fiquei contente com a vitória da Holanda sobre o Brasil, porque eliminou um autêntico monstro do futebol mundial, o que projecta no horizonte a possibilidade de, finalmente, uma vitória laranja num Mundial.
Foi sempre uma selecção com a qual simpatizei. Desde o meu primeiro Mundial, quando vi aquele golo fantástico de Dennis Bergkamp à Argentina, passando pelos jogos de apuramento que realizou contra Portugal na qualificação para o Mundial 2002, em que havia um senhor chamado Patrick Kluivert nos seus tempos de glória, um senhor de óculos que encantava plateias não só pela estética dos mesmos (Edgar Davids), um outro que era simplesmente dos melhores extremos da altura e um dos meus preferidos de sempre- Marc Overmars, e claro, os gémeos- Ron e Frank de Boer; até chegarmos aos dias de hoje, com uma nova fornada de jogadores de excelência- Wesley Sneijder, Arjen Robben ou Dirk Kuyt (incrível a forma como aparece em qualquer metro dos 100 de terreno de jogo).
E eu que falei só do que vi "em tempo real"! É que estes jogadores jogam em príncipios de jogo de gerações anteriores- o génio de Cruyff, o virtuosismo de Van Basten, a magia de Ruud Gullit, a disciplina de Rijkaard... enfim, e outros grandes nomes que representaram a laranja.

É assombroso olhar para trás, para estas gerações, este estilo de jogo que sempre entreteve plateias em toda a "Europa e arredores", e não associar nenhuma delas a um título Mundial.
O país, a história, merece-o.

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