domingo, 18 de outubro de 2009

"Master of Puppets" (UTA*)


Este álbum ganhou outro significado quando ouvi, triste por não ter comparecido à chamada, online, o concerto deles no Super Bock Super Rock 2007. A "Orion" tocou-me profundamente, principalmente por ser precedida de uma das malhas mais poderosas ("Four Hoursemen") e esta música começar um pouco mais calma. Eles controlaram o público de uma maneira única... não há muitas bandas que se possam dar ao luxo de ter uns fãs tão fiéis como os de Metallica, e que respeitam as "travagens a fundo" (passagem ao instrumental) ao contrário do simplório e comum "sempre a subir" a que nos habituaram outras bandas (do género, ou não). Acreditem que é difícil encontrar "sucessora" à FH numa sequência.
Foi esse mesmo respeito e controlo que me surpreendi com a reacção do público à Master of Puppets. Que ovação!
Felizmente, pude sentir, dois anos mais tarde, na pele, o sangue a subir à cabeça com os primeiros "toques" de Mr. Hammett.

Foi o SBSR'07 que me atirou aos "cães", e fui, pela primeira vez, ouvir o álbum completo. Era semi-iniciado (dois anitos de música pesada) neste tipo de estilo, e fiquei estranhamente entretido com a sonoridade com que fui sendo presenteado. A começar com uma escolha fantástica para "opener", "Battery" começa calma e ameaçadora de uma catástrofe. Prolonga-se por seis minutos, e dá lugar à mítica e poderosa entrada da "Master of Puppets"- conheçam ou não a música, após ouvir "Battery", só faz sentido seguir-se a MoP... é tão natural. "The Thing That Sould Not Be" acaba por acalmar as hostes e a "Sanitarium" consegue complementar na perfeição essa calmaria antes de nova tempestade (simplesmente uma das melhores baladas de sempre no trash metal -performance ao estilo característico de Kirk Hammett), que começa com os acordes electrizantes da ácida Disposable Heroes, que antecede a Lepper Messiah - só esta sequência justificaria o rótulo de obra-prima do trash metal. Somos invadidos, depois, com, provavelmente a melhor música instrumental dos Metallica (quase a par da ...And Justice For All), e acabamos com a Damange Inc, numa mistura de malhas propícias ao moshpit. Alinhamento perfeito.

Trata-se de um álbum de trash metal puro, e cheio de emotividade: pelo facto de ter sido este a rampa de lançamento para o sucesso da maior banda de heavy metal, por ter sido aquele álbum que colocou os Metallica nos big four do trash (juntamente com Anthrax, Slayer e Megadeth), e sobretudo porque foi o último álbum a contar com a presença do virtuoso Cliff Burton - dos melhores baixistas de sempre.
Outro dos álbuns da década de 80. Outro dos tais álbuns da minha vida.


P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum completo.


*Um dos Tais Álbuns

9 comentários:

Rui Cortesao disse...

Para muitos é o melhor album dos Metallicam, mas eu nao consigo escolher. Um best of com as 100 melhores era um bom album :P Sem duvida que Master Of Puppets é um album imortalizado. Tanto pelas musicas que sao sempre a esgalhar como pelas mais calmas. Sem duvida que Metallica sao a melhor banda de sempre de heavy metal!

MendesMachado disse...

Diria mais: Metallica SÃO o heavy metal moderno. A seguir a Black Sabbath e semelhantes, conseguiram dar um novo molde àquilo que o estilo é agora. Este álbum é uma espécie de bíblia do trash metal, não propriamente do estilo heavy metal. Mas a grandeza dos Metallica no HM é sempre algo que convém ser destacado!

"Master, Master... where's the dreams that i've been after?" :D

Rui Cortesao disse...

"Promised only lies!"

METALLICA \m/
MONSTERS OF HEAVY METAL!!!

Chin-Tzu disse...

O album e a banda q me lançaram pra cena metal. excelente escolha.

J. disse...

Discordo contigo:

Kill 'Em All - Thrash Metal

RTL/MOP - Heavy metal com influencias Thrash (aliás, desses albuns tens a Creeping death, a RTL, a Trapped, Mop, Battery e Damage Inc como musicas thrash. O resto é heavy)

AJFA - Heavy Metal Progressivo (e duas musicas thrash, blackened e Dyers)

Metallica - Heavy Metal com Rock pelo meio

Load/reload - Blues Metal, por aí (lol)

St Anger - Nu Metal

Death Magnetic - Heavy Metal com elementos progressivos e também thrash

J. disse...

PS: O cliff não era dos melhores baixistas de sempre. Como compositor era bom, mas como baixista era bastante "normal". O Robert é melhor que ele, o gajo dos primus tambem, qualquer baixista de jazz abafa-o, muitos de metal... Até o baixista dos Led Zeppelin, esse sim, um deus.

PS: procura por Victor Wooten

Anónimo disse...

Andam é ai uns gajos a apontar matriculas, cuidado com eles. andam metidos com a BT(Brigada de Trânsito)

MendesMachado disse...

Sem dúvida que o KEA é um álbum com uma sonoridade trash muito mais evidente, mas para aquilo que considero trash metal, o MOP também se insere perfeitamente. É, aliás, das melhores obras que já ouvi do género e das que mais associo ao mesmo.
Cliff Burton tinha rasgos de genialidade, e não os evidenciava apenas nos álbuns. Podes ver no youtube algumas skills dele em estilo livre. Para além disso, não lhe podes negar o carisma- um baixista, como outros elementos de uma banda (que será sempre exposta) não pode ter apenas a técnica como qualidade essencial... mas mesmo nessa, Cliff não falhava e não retiro o que digo. Do género, estava entre os melhores.

De qualquer das maneiras, Jimmy, obrigado por comentares.


Anónimo: é, eles andam aí com o caderninho do Boloni (sabemos do que se fala :)... private jokes).

MendesMachado disse...

*especie de private joke