sábado, 30 de janeiro de 2010

"The fast ones, always ride for free"


A playlist do que mais tenho ouvido (Janeiro de 2010), para saberem o que se ouve por estas bandas:

Eels- Fresh Blood
Morphine- Saddest Song
Mother Love Bone- Bone China
The Prodigy- Warrior's Dance
Porcupine Tree- Gravity Eyelids
Bob Seger- Turn The Page (versão dos Metallica)
Foo Fighters- Learn To Fly
Iggy Pop- The Passenger
Pearl Jam- Breath
Aerosmith- Painted on My Heart (versão dos The Cult)
Ornatos Violeta- Capitão Romance
Muse- I Belong To You / Mon Cœur S'ouvre À Ta Voix

"I still got your face..."


The Cult- A versão

Sabem quando se deparam com uma versão de uma música ainda melhor do que a original? Eu conheço perfeitamente essa sensação. Mas hoje confrontei-me com outra diferente, que foi ouvir, e apaixonar-me ao primeiro acorde à versão da versão.
A música chama-se "Painted on my Heart" e é original dos Aerosmith, e tem estas duas fantásticas covers que vos apresento.


Mob of God- A versão da versão


Vale a pena visitar a página dos MoG no youtube. São portugueses, e a qualidade (pelo menos o potencial vocal desta vocalista) está à vista.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"That's what she said..."

(Michael Scott, Jim Halpert e Dwight Schrute- personagens de uma simplicidade genial)

Depois de quase um ano a ocupar os seus 100 megas no meu disco externo, decidi, enfim, há cerca de 2 meses, começar a ver The Office.
Tirei os episódios na net por ter boas referências, e para tentar ver pela perspectiva dos fanáticos por uma série que me parecia humoristicamente enfadonha através dos 15 minutos que tinha retirado de um episódio transmitido a horas madrugadoras na TVI.

Passados nem 2 meses, já estou a ver a 3ª temporada! E o enfadonho deu lugar ao hilariante. É a vulgaridade de todas as personagens daquele pequeno escritório de uma empresa de papel que suga para ver um episódio atrás do outro. Identifico facilmente, por exemplo: Dwight Schrute (Rainn Wilson, num papel que lhe assenta que nem uma luva) a uma pessoa qualquer viciada em trabalho e sem vida social própria, ou o patrão Michael Scott (o brilhante Steve Carell) a uma figura paternal que tenta a todo o custo uma relação saudável com os seus empregados através de piadas... que são meras tentativas frustradas disso mesmo.

São estas, e outras pequenas coisas que tornam The Office familiar aos olhos de quem conhece, nem que seja superficialmente, o que é trabalhar num escritório de pequenas dimensões.
Aconselho vivamente a todos esses.


P.S.: Receio que a TVI não transmita a série, e mesmo tirar da net será complicado. No entanto, podem sempre usar um vale da Fnac que receberam no Natal para comprar a primeira série (apenas 6 episódios) ou tentar apanhar a série no FX.

sábado, 23 de janeiro de 2010

"Schemeichel nem esboça a defesa (...) um golo espectacular"



Jornada 33 da edição de 1999/2000 da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Os adeptos do Sporting corriam à sua casa esperando ver a consagração de um título que escapava há 18 anos.
Para embelezar ainda mais esse feito extraordinário, o jogo era frente aos eternos rivais da 2ª Circular - algo que não era apenas a cereja no topo do bolo.
A paciência com que o Benfica abordou o jogo gerou a impaciência dos rivais, e chegava-se ao minuto 42 com o nulo no marcador, que dava ao Sporting uma vantagem de dois pontos relativamente ao FC Porto à entrada para a derradeira jornada.
Nesse preciso minuto, um miúdo resgatado à Académica ganhou uma falta junto à área contrária. Avançou um egípcio para a cobrança do livre: usou o ritual do beijo na bola, subiu as meias e deu alguns passos para trás. Avançou para a "redondinha" e meteu-a, como que por magia, num ângulo indefensável para um dos melhores guarda-redes da década de 90. Estava feito o 1-0 a poucos minutos do fim, e o Benfica, arredado do título, ganhava o seu campeonato.

Longe, no tempo, vai essa noite de 7 de Maio. Mas ainda continua fresca na memória dos benfiquistas. Foi dos momentos mais fantásticos a que tive oportunidade de assistir.
Agora, quase 10 anos depois, mudo a minha alegria pela tristeza dos rivais- tenho pena de ver o Sporting com tantos problemas e com poucas mãos para o levantar (a imprensa nacional muito menos, que parece querer destabilizar cada vez mais um grupo sensível ao publicar notícias sem fundamento de uma situação delicada- "Liedson abalado"?!).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"(...) deixa"



"Deixa que digam
Que pensem
Que falem
Deixa isso pra lá
Vem pra cá
O que é que tem?
Eu não tô fazendo nada
Nem você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguém
Vai vai por mim
Balanço de amor é assim
Mãozinhas com mãozinhas pra lá
Beijinhos com beijinhos pra cá
Vem balançar
Amor é balanceio, meu bem
Só vai no meu balanço quem tem
Carinho pra dar
Carinho pra dar
Deixa que digam
Que pensem
Que falem
Deixa isso pra lá
Vem pra cá
O que é que tem?
Eu não tô fazendo nada
Nem você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguém"



Há coisas intemporais. Lembro-me perfeitamente desta música preencher espaços da minha infância com o meu avô... e hoje, esta música acertou-me. Letra magnífica, e que diz quase tudo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Hello Dexter Morgan"



Michael C. Hall tem sido notícia por dois motivos nos últimos dias: foi-lhe diagnosticado Linfoma de Hodgkin (mas o actor encontra-se saudável e em tratamento), e foi finalmente condecorado com o Globo de Ouro para melhor actor numa série dramática depois de três anos consecutivos de nomeações que se revelaram infrutíferas.

Esta última notícia, juntando-se à atribuição do Globo de Ouro a John Lithgow (o inimigo nº1 de Dexter Morgan) para melhor actor secundário, deverá revelar algo sobre o valor da 4ª temporada de Dexter.

Ah, essa temporada, por acaso, estreia hoje, às 22:20 na FOX! Aconselho-a vivamente a toda a gente.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Pelo que eu já tentei, eu não vou vê-lo em mim"


Não são colossos do rock português, nem têm décadas de carreira. Muito menos são conhecidos por uma parte gigante da população musical portuguesa (pelo menos não pelo seu nome) como serão UHF, Xutos&Pontapés ou GNR. Mas pode-se reconhecer, à vontade, que marcaram uma geração da referida população musical nacional.
Eu diria mais, sem radicalismos: musicalmente falando (o que exclui qualquer impacto social), têm o melhor álbum português feito até hoje. Esse é "O monstro precisa de amigos", e tem qualquer coisa de... não-português. É um rock alternativo que serviu de banda sonora a revoltados e apaixonados na década de 00, e terá semelhante adoração e respeito desses relativamente a Radiohead's ou Faith's No More. Pela lírica genial e pelos arranjos musicais a condizer.

"A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas... nos carros... nas pontes... nas ruas...
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura! "


Sublime!

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Vermelho, Vermelhão"


Um líder é sempre um líder, com toda a sua imprescindibilidade dentro de um grupo e com toda a segurança que se lhe pede. Numa instituição, um líder só será líder se souber os valores da mesma e, depois disso, ter a capacidade de transmissão dos mesmos aos recém-chegados... e não só.
Um líder é, portanto, fundamental em qualquer situação pela experiência que terá, e pela tranquilidade que transmite- entrando, ou não, nas batalhas daquilo que representa.

A imprensa desportiva, nestes tempos de turbulência provocados pelo mercado de inverno, tem insistido no interesse de vários clubes europeus e não-europeus nos serviços de um líder no balneário do Benfica. Esse líder não tem sido utilizado nas "batalhas" com a regularidade de outrora, não tendo as oportunidades necessárias para se mostrar à "batalha final" (Mundial 2010).
Esse líder, quando batalha, entra, joga, faz jogar, marca e dá a marcar. Mas não costuma dar pontos... pelo menos directamente.

No entanto, o que o líder tem feito na integração de novos elementos e no que toca à união do grupo no balneário irá equivaler, por certo, a grande parte dos pontos conquistados pela determinação do grupo. O líder faz o trabalho invisível e mais ingrato- por não ser recompensado com minutos de "batalha"-, mas também é o mais importante.

Logo, sem um dos principais líderes para unir o clube, não haverá resultados como os que têm havido, nem os tempos de bonança que o Benfica tem atravessado. Daí a importância da manutenção desse mesmo... mesmo que ele não jogue!

Deixo, portanto, o apelo: Fica Nuno!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"Estás a fazer um download?"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Now! ... The writting's on a wall"



Passagem de ano, discoteca aparentemente vulgar, 15 euros de entrada + o que se consome.
Preço exorbitante (em outros tempos, pagar-se-ia 15 vezes menos e aí sim, valia a pena nem que fosse apenas pelo convívio), mas as pessoas não evitavam entrar. Faziam fila, independentemente do que se estivesse passar. Lá dentro, o calor humano no seu esplendor- uma taxa de ocupação do espaço impressionante dadas todas as circunstâncias. Algo sufocante, e música que não atenuava o efeito claustrofóbico.

Abriu-se uma pista aparentemente secreta ao olho comum, e as coisas mudaram. Dois rapazes mudaram a noite, e fizeram os 15 euros valer a pena, nem que fosse só pelo som.
"Que som!".

(Não é por atingirem o mediatismo entre a minha geração, é mesmo por terem revolucionado a minha noite)

sábado, 2 de janeiro de 2010

"Falam, Falam..."



O ano era 2004, e um qualquer episódio que incluía Fox, o cão político, e Ricardo Araújo Pereira num sketch estupidamente brilhante. Por estas alturas, e com alguns contactos valiosos em carteira (basta relembrar que escrevia para Herman José e era/é politicamente activo), RAP e o bando certamente não imaginavam o lançamento de um DVD de topo de tabela, nem o fenómeno de sucesso do seu blogue, muito menos a chegada ao estatuto de grande celebridade com programas televisivos transmitidos em horário nobre... em canais nacionais!
Entre 2004 e 2009, os Gato Fedorento ultrapassaram várias adversidades (uma delas o "esquecimento" de que Herman José já falou), e conseguiram um crescimento constante de popularidade.

Sem a complementaridade de todos os elementos dos Gato Fedorento, isto não seria possível, é certo, mas tenho uma ligeira sensação de que caso este bando de humoristas não existisse, o que mais se destacaria seria Ricardo Araújo Pereira. E tive esse "feeling" desde que vi pela primeira vez o Gato Fedorento, no Verão de 2004. Consegui contagiar a família e amigos com o DVD de um grupo a quem se adivinhava sucessos. Todos acharam o mesmo.
Volvidos quase seis anos, Ricardo Araújo Pereira pode considerar-se (e mesmo eu estando sob a influência do seu livro mais recente) um dos gigantes do humor português... mesmo para os pseudo-anti-heróis-mediáticos.