
Simplicidade
Escrevo-vos imediatamente depois dos 4-1 com que a Alemanha blindou a Inglaterra. A Maanschaaft não foi largamente superior à selecção e terras da nossa majestade, contradizendo-se o resultado com a história do jogo (apesar de merecida, a vitória germânica.
Assisti, provavelmente, ao melhor jogo do mundial até à data. Sobretudo a primeira parte. Bola perdida numa área, bombardeada para à frente à procura do contra-ataque, que, quando infrutífero, dava sempre lugar ao contra-ataque adversário... e as oportunidades de perigo dividiram-se, sendo um jogo disputado com muito coração, tal como não têm sido os seus antecessores deste Mundial.
Para isso contribuiu a qualidade colectiva das duas equipas, e algumas individualidades como Gerrard, Rooney, Ozil (onde é que este andava escondido?), Muller (uma das maiores afirmações deste Mundial), Klose ou Lampard (dois remates à trave, um que entrou dentro da baliza... e não contou).
Como se explica a proximidade do nível exibicional com a enorme diferença de golos? Simples eficácia. E não, não é só quando se remata à baliza. Sempre que um jogador alemão pegava na bola, pensava no mais básico do jogo- atacar; soltava a bola, e os passes eram feitos com a simplicidade do jogo e sempre com o mesmo intuito- atacar; chegados à frente, ou rematavam ou passavam a quem pudesse rematar melhor. E já está, é golo. É através da simplicidade do jogo alemão que se explica o sucesso da selecção germânica- não se erram muitos passes, as desmarcações são sempre feitas tendo em conta o objectivo fundamental, e remata-se sempre que se tem oportunidade (há um documentário que mostra a enorme diferença entre o número de remates efectuados pela Alemanha e as restantes selecções).
Uma das favoritas. Simples.
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