terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Prescrição Gregório"



Volto à "dita, escrita". Uma espécie de santuário para mim no que toca a vomitar pensamentos da minha alma. Bem que os preciso de tirar cá para fora, porque precisam de ser partilhados, e porque é muita a minha necessidade de escrever sobre tudo. Andei a sonhar com isso, inclusive.

Aproveito este meu regresso, e esta questão de "vomitar" o que está cá preso e a roer-me, para expôr um ponto de vista que é bem necessário, no meu entender para todos o ser racional. Sem querer parecer muito técnico, e muito menos tendo conhecimentos empíricos sobre os assuntos, é mais uma opinião ou uma forma de ver a nossa natureza.


Aproveitando o vídeo acima, retirado da série "The Sopranos", o homem que é atendido pela belíssima psiquiatra, começa a série, e vai repetindo várias vezes, que já não se faziam homens como a personagem "Gary Cooper", repletos de masculinidade, que eram esponjas a transbordar de problemas, mas que conseguiam guardar tudo para eles, e pegar em cada resquício que sobrasse para ser resolvido, mesmo que viessem mais problemas atormentá-los. Eram homens silenciosos, que não se queixava de nada, e resolviam as coisas a bem ou a mal conforme a circunstância. Ninguém se metia no caminho deles, nem sequer os julgava. Por medo, respeito ou mero apreço pela forma de eles serem e fazerem as suas vidas. As reacções, quando algo não corriam bem, quando ocorriam, eram explosivas e detonavam um lar inteiro. Mas estas não aconteciam regularmente...
Porém, este tipo de pessoas ("role-models" para uma autêntica massa populacional) chega a uma altura em que tem de despejar tudo o que tem dentro de si para fora. Esvaziar ou aliviar a esponja... surgem as tais reacções, mas a dada altura, estas não chegam (pelo menos nos dias de hoje, tal a forma fácil a que somos sujeitos a pressões e problemas). Recorre-se a um psiquiatra, a suicídio, a droga, a "disfarces de alma" para resolver assuntos pendentes e mal enterrados no gigante do sub-consciente que nos ocupa a cabeça e que saem cá para fora como depressões, atitudes covardes ou medrosas. É preciso uma sanita sentimental, onde possamos descarregar tudo, para que evitemos a locura e possamos lidar com o dia-a-dia de forma saudável. Música, pintura... escrita. E é a falta dela, num dia mau, que me faz lembrar o quanto preciso dela para esvaziar tudo, descarregar as frustrações... desocupar a minha esponja.

0 comentários: