segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Barulho das luzes"


Caminho em direcção de um objectivo com a segurança do atalho. Tento enfrentar, sigo... mas ele bate à porta. A confusão, o ruído, o barulho das luzes e tudo o que com ele vêm, um grito maior, uma luz mais intensa, o cérebro a borbulhar e a dar sinal da existência e do confronto, o coração acelera e ganha força no meu peito, as arritmias tomam conta de mim, juntamente com as impressões de dores que não existem, a boca seca, a falta de ar, o cruzamento com o pânico e a sensação claustrofóbica da impossibilidade da fuga, o medo da vergonha e do que quem me rodeia no momento possa pensar. As folgas à responsabilidade, o choque com a realidade, a descarga de adrenalina que se apodera de mim... impossível racionalizar com estes sintomas, com este barulho, com esta sensação claustrofóbica do perigo que nunca vem... nunca veio.

Pergunto-me se passará quando ele chegar e eu ver que, afinal, a montanha pare um rato.

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