domingo, 30 de maio de 2010

"Shadows of forbidden ancestors"

sábado, 29 de maio de 2010

"A noite era calma, a chuva era intensa (...)"


Foi o teu olhar (sem as lentes verdes), a tua timidez... no fundo, o teu passo inseguro. Aquela carinha de anjo, envergonhada por qualquer ponta de exuberância que pudesses provocar. Foi isso que começou este caminho, que "tão depressa passou" (como os nossos momentos) até aos dias de hoje.
Primeiro as mensagens, a minha e a tua conquista por cada um de nós. Chegámos depressa à cumplicidade, e daí às quartas-feiras especiais, estiveram poucas etapas.

Veio o amor, o meu e o teu, e depois das inseguranças que este trouxe... a bonança, o compromisso previsível de duas pessoas que gostam uma da outra. A intimidade veio depois, e surpreendeste-me dando quase tudo o que podias, ou o que mostravas conseguir dar.

Fomos passando várias etapas, percorrendo quilómetros temporais por vezes ricos em adversidades. Mas enfrentámo-las, quase sempre de cabeça erguida, e prevalecemos. Porque soubemos sempre o quê e quem queríamos.

Agora, passados 6 meses desta curta jornada, olho para trás, e vejo ainda muita estrada, muitos desafios (desde boas relações com os amigos um do outro [que nos aconselham a deixar-mo-nos, por não irem com a nossa cara], até a uma maior intimidade, passando sempre pela aceitação da personalidade de cada um)... contigo ao meu lado.

Amo-te.


P.S.: Previsível?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"(...) now I run from you"


Ainda não me bateu...

Dei por mim a pisar os vidros partidos da garrafa que bebemos juntos. Andei para trás, e pisei-os um a um, relembrando-te. Boa colheita, essa do ano 2005.
Mas lembrei-me sem saudade. Curiosidade apenas.
Voltas a falar para mim, agora, querendo o que ainda não tiveste de mim. Não to dou, desculpa. Sofri, e não quero sofrer o que falta sofrer.

Mereces ser feliz... e eu também, Maria.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"That's just the way it is"


Lavo os dentes à pressa. Estou atrasado para a apresentação de um trabalho importante a nível académico. Saio de casa a correr, cabelo desarranjado e sapatilhas apertadas. Encontro uma amável senhora que me diz "O 27 já passou". Agradeço e desejo-lhe, com toda a sinceridade, um bom dia.
Não tenho tempo para esperar pelo próximo autocarro, e começo a andar em direcção a uma paragem que tenha autocarros compatíveis com o meu destino. Nesse percurso, encontro uma espécie de parceiro (isto é, com o mesmo problema que eu). Paramos no sinal vermelho, antes de duas passadeiras com semáforos. Fica verde na primeira, e atravesso com ele... na segunda, ele pára por estar vermelho e eu avanço por não haver carros a passar. Aproveito a oportunidade e ultrapasso-o. Qual oportunista.

Foi inevitável fazer a ponte para o que se passa nos dias de hoje, no mundo empresarial (e não só). Os mais jovens, matreiros, aproveitam qualquer chance de uma progressão mais rápida, e os mais velhos, os clássicos, são ultrapassados sem dó nem piedade. São esquecidos.
Não vou ser hipócrita e dizer que não gostava que isso me acontecesse (claro que gostaria de uma ascensão na carreira, em detrimento de quem quer que fosse)... mas não queria ser o prejudicado.

domingo, 23 de maio de 2010

"E se (...) fosse feito nos Açores?"



Com a revolução tecnológica, e principalmente através da internet, o nosso mundo foi abrindo portas para os amadores. É assim com a música, ou, mais escandalosamente, o humor. Agora, qualquer um pode pegar num DVD de um filme ou série, gravar som por cima e apresentar a "obra" no youtube.
E o mais espantoso, é que os resultados acabam por entreter quem procura outro tipo de humor.

Este vídeo é o caso. Recomendo.

sábado, 22 de maio de 2010

"Incrrreíble!"


Crónica escrita por José Mourinho ao "serviço" do diário desportivo online MaisFutebol, depois do jogo Portugal-Holanda, no estádio das Antas a 21 de Março de 2001.

"Portugal-Holanda. Figo marca e o jogo termina. Desço em direcção ao balneário holandês, onde ex-colegas e ex-jogadores estão em número considerável.

Com a sensibilidade de quem sabe a dureza dos minutos pós-fracasso, não quero falar de futebol. Pergunto pelos filhos, convido-os para uma francesinha visto que os barcelonistas pernoitavam uma noite mais na Invicta, esperando o voo da manhã para Barcelona, recebo encantado a camisola de Philippe Cocu, entrego a Patrick Kluivert o tradicional beijo da minha filha por ele apaixonada (só tem quatro aninhos!)...

No entanto, o desânimo, a frustração, a revolta interior era tal que não conseguiam deixar de visualizar, pensar e comentar o jogo. As comparações com o FC Porto-Barça do ano passado eram inevitáveis pela facilidade da vitória de então: Zenden diz-me que o jogo tinha sido ainda mais fácil do que dessa vez e que não entendia o que se passara; Reiziger diz que com tantos quilómetros nas pernas já deveriam saber que o jogo só termina quando de facto termina; Frank de Boer simula um gesto de disparo de pistola na própria cabeça; Van der Sar olha o chão fixamente...

Confesso que não fiquei insensível. Jogaram optimamente, trabalharam tacticamente de forma fantastica, foram melhores que nós durante oitenta minutos. Mas se o futebol já foi tantas e tantas vezes injusto para Portugal e para o futebol português, pois...aceitemos de mãos abertas e um sorriso nos lábios este presente que deus futebol tinha reservado para nós!

Entretanto, regressa Louis van Gaal da conferência de Imprensa. Olha-me nos olhos e solta no seu castelhano de sotaque holandês:
- Incrrreíble!

Após 3 épocas de convivência diária, sabendo o que lhe ia na alma, abracei-o e disse-lhe:
- Para a semana telefono-te."

Já passaram várias... e é hoje.

domingo, 16 de maio de 2010

"Tu querias perceber os pássaros"


Olhos perdidos, enfeitados com a consequência da ressaca que o mata. A cara, morena do sol. O corpo, imundo. A alma, deslavada.
Encontra-se perdido. Houve alguém que o chamou para algum lado prometendo-lhe aquilo que ele mais queria neste mundo, que era o que lhe parecia afastar dele. Andava agarrado a essa ilusão, tal como todos os seus parceiros de sonho. Desesperados em 80% do tempo que passavam acordados, não passavam um dia sem essa porta que dava para um outro lado distante do mundo triste em que viviam.
Ele era apenas mais um, desprezado por todos os que lhe deitavam os olhos em cima. Achava-se incompreendido, o coitado, sem ter a noção de que entrar nessa porta muitas vezes seria uma descida para o abismo.

A frustração dele pelas pessoas que o viam, e a ressaca que o afectava não lhe impedia de esquecer as boas maneiras com que fora criado. E quando pedia algo a alguém e este lhe negava, desprezando-o com um insulto, ele respondia, no seu tom mais inofensivo: "Obrigado, bom dia".

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Mostra a tua raça (...)"



Podiam alegar que o Benfica venceu a Liga Sagres por ganhar jogos que não merecia ganhar - Leiria, Naval na Luz ou Guimarães; podiam alegar que o Benfica foi superior pelo facto de a Comissão Disciplinar da Liga ter suspendido dois jogadores influentes aos dois concorrentes directos dos encarnados; podiam alegar que o Benfica venceu os jogos que venceu por passar "um terço do campeonato a jogar contra 10"; podiam alegar que o Benfica venceu pelas grandes penalidades que favoreceram a equipa da luz. Podiam, mas não corresponde à verdade: houve jogos em que o Sp. Braga e o FC Porto não mereciam vencer ou empatar, e conquistaram pontos; houve jogos em que o Benfica foi superior e não venceu (Setúbal, Marítimo na Luz); e, mais importante, o Benfica foi superior aos rivais directos em pelo menos um jogo. Já para não falar da resposta dada em, por exemplo, Matosinhos ou na Madeira, locais onde nem FC Porto nem Braga (respectivamente) venceram, e onde o Benfica foi largamente superior.
Aliás, o Benfica foi superior aos seus adversários em qualquer campo excepto em quatro (Dragão, AXA, Bonfim e Olhão). E aí fica, apenas, uma pequena parte da superioridade demonstrada pelo Benfica ao longo da época.

Quanto a mim, mesmo observando o que foi a época 2009/2010 pelas ópticas de Miguel Sousa Tavares, Rui Moreira, Domingos Paciência ou Pinto da Costa, o Benfica foi um campeão incontestável. Não há volta (nem argumentos) possível a dar...

Podem falar de milhões, gastos. Mas eu só vejo as coisas pelos milhões ganhos. Mais precisamente: 1 milhão. O número de adeptos que assistiram à grande temporada do campeão nacional.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"All!... hell!... can't stop us now!"

Metam o volume no máximo, pode não se ouvir bem.



Não custa reagir, se tens o poder...

R(E)AGE!!!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

"Foi em Setembro que te conheci"



Conheci-te em Setembro de 2008. Uns olhares que te deitei, e o apelo da tua parte ao teu consumo tomavam conta de mim, antes. Mas foi em Setembro de 2008, que te conheci.

Nessa altura, precisava mesmo de algo como tu. Uma porta que desse para um lugar diferente, nem que fosse por uns momentos. Foram dois ou três beijos, e a coisa ficou-se por ali... por não ter capacidade para te suportar e para "trabalhar" contigo.

Voltamo-nos a encontrar em Setembro de 2009, e aí sim, já tinha outro andamento para ti. Foram mais que dois ou três beijos e foi mais que uma vez. A simpatia por ti crescia, e eu, sem saber, afundava-me...

... mas bateu forte. Quando me levaste ao expoente da loucura não aguentei, e sucumbi aos teus passos mágicos. Foste mais forte do que eu, e fiquei quase sem reacção.
Apercebi-me que não eras boa companhia, e vi todos os males que contigo vinham. Acostumei-me à ideia de que não valia a pena ter a tua atenção com tanto prejuízo.

Esqueci-te. Foi fácil. Mas sonhei contigo ontem- fazias-me sentir bem outra vez, com todos os teus prazeres... até acordei mais bem disposto e nem senti o cansaço natural de menos 3 das habituais horas de sono!
Isso fez-me pensar ainda mais em ti, e o teu poder continua a dar cabo de mim.
Se não existisses, não havia tantos felizes artificiais por aí.