domingo, 7 de fevereiro de 2010
"(...) I listened to your screams of pleasure"
Estudei filosofia, e li, de alguém que muito pensou, que quem experimentou a felicidade não soube, na altura, que a viveu. E que seria infeliz quando soubesse que a viveu, porque aí não a estaria a viver.
Não diria que a vivi ao expoente máximo durante este último Verão, e não posso dizer que não a viva neste momento, mas o período de férias prolongado dos meus 18 anos foi algo de memoravelmente feliz- por entre enganos que ia vivendo e fazendo os outros viver, saboreava a socialização e a vivência com os meus semelhantes... e quase nada ou muito pouco me interessava o dia seguinte. Era algo que ainda estaria para vir, e no/com qual não tinha compromissos ou preocupações de qualquer ordem- desde viagens de comboio planeadas com poucas horas de antecedência, a saídas à noite nem sequer planeadas até chegar a encontros com pessoas que nem planeava conhecer. Simplesmente não havia um plano, e tudo fluía naturalmente.
Hoje, num Sábado à noite de Inverno, dirigi-me à minha fortaleza de solidão para mais um daqueles rituais de reflexão não-aconselháveis: liguei aquilo que eu gosto de chamar o meu novo motor (que deita fumo também), e pus Placebo no iPod. Não planeava ouvir a música que vos apresento, mas trouxe-me de volta o Verão dos meus 18 anos por 3 minutos (também pelas circunstâncias em que a música surgiu). Senti necessidade de partilhar isso, e aqui fica um pouco da minha nostalgia de um passado recente.
0 comentários:
Enviar um comentário