quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
"Gosto muito de te ver, Leozinho"
Uma das lacunas do Benfica desta época é precisamente o lado esquerdo do sector mais recuado.
Podemos afirmar que ao longo desta década que está prestes a acabar, este foi quase sempre um problema crónico (desde Rojas a laterais improvisados como Ricardo Rocha ou sem talento que deslumbre como Fyssas). Mas apareceu, em 2005, um brasileiro no alto dos seus 165 centímetros a reclamar um lugar com a garra e a paixão que se pede num clube como o Benfica (e ainda, com uma humildade fora do vulgar). Um lugar não só no campo, como no coração de todos os benfiquistas.
Depois de ler a afirmação "Com Jesus, ainda estava lá" retiradas de uma entrevista no MaisFutebol, as saudades de Léo ficaram reforçadas, e o tal lugar que ele reclamara continua reservado a ser dele.
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Futebol
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
"High, above me"
Das músicas mais comerciais e orelhudas que já ouvi e das mais faceis de captar e atribuir significado. Se isso me impede de a divulgar? Não. E é por saber que há 1 ou 2 anos seria incapaz de assumir o gosto por músicas deste género tão descaradamente que a publico hoje, a horas e datas impróprias. A sinalização da mudança de mentalidade.
Se terá, para além deste, outro significado ou não, será algo que só vos poderei dizer daqui a uns tempos. Mas para já, é só isto.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
"Life doesn't have to be perfect; It just has to be... lived"

19:00 horas, quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009- preparo-me para ver o último episódio da 4ª Temporada de Dexter.
21:00 horas, quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009- ainda estou sem palavras para descrever este final de temporada. Nunca uma série me tocou tanto, e nunca uma série me fez sentir tanta necessidade de a divulgar.
Por favor, vejam.
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Séries
domingo, 20 de dezembro de 2009
"(...) as I want you to be"

Está fresco na minha memória um artigo de uma revista masculina sobre a segunda vinda do Grunge às massas, em substituição da década (de 00) que, segundo o artigo referia ser a "filha" dos anos 80 onde bandas como Joy Division e The Smith's ou (falando mais popularmente) artistas como Madonna, Michael Jackson e Prince dominavam os top's de tabelas nacionais com autênticos hinos de discoteca.
Em que é que se baseia o artigo para afirmar tal coisa? A reedição de Bleach e a edição oficial do Live at Reading dos Nirvana; o regresso dos Pearl Jam com um novo álbum e a com a re-edição do melhor álbum de sempre da banda (o mítico Ten); com o primeiro álbum dos Alice in Chains sem Layne Staley e com William Duval na parte vocal; e com as 44 músicas disponíveis para download gratuito que os Smashing Pumpkins disponibilizaram.
Este artigo deixa-me baralhado: por um lado assiste-se, de facto, ao natural regresso às tendências, a uma maior aderência por parte das massas; por outro, não há descendentes decentes do grunge- Smashing Pumpkins só foram grandes nos anos 90, bem como Bush ou Skunk Anansie.
Se não há bandas contemporâneas com influência do som de Seattle tão mediáticas como se pede, e nem parece haver condições, para já, para essas emergerem, será assim tão correcto afirmar-se que o futuro da música é o Grunge? Será assim tão correcto afirmar que já saímos da "zona temporal" da "filha dos 80"? E será assim tão correcto afirmar que, de facto, as tendências para a música não passam de ciclos viciosos?
Sinceramente, não creio. Mas fico extremamente contente por ver um senhor que já morreu há 15 anos e que desde os meus 3 idolatrei a ser reconhecido, gosto que lhe reforcem a imortalidade que lhe é devida.
Apesar de saber que nunca gostou da popularização, Kurt Cobain teve de lidar com ela. E morreu, entre outras causas, por causa dela (matando-se ou matando-o). E, numa análise fria à vida de um ídolo, consigo dizer que a sua morte lhe poderá ter trazido a imortalidade e que a obra dele e dos seus companheiros foi imortalizada, também, pela mediatização da morte dele. Sem ela, possivelmente, o grunge entraria numa mutação deprimente e caíra no abismo do ridículo.
Como dizia Miguel Sousa Tavares, na mesma revista do artigo referenciado "tenho a mania de sair dos lugares onde fui feliz, antes que me façam sentir que está na hora de sair". Não sei se Kurt terá pensado assim, mas, tendo consciência da polémica e não desvalorizando o género- sem a morte de Kurt Cobain, o Grunge não chegaria perto do que ainda é.
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Música
sábado, 19 de dezembro de 2009
"It took a lifespan, with no cell mate. A long way back"
Saudosismo tem-me invadido. De tempos pouco recentes, e felizes. Tempos em que o puzzle se encaixava na perfeição, não obstante dos pseudo-gigantes dramas e dos reais problemas. Foi há mais de dois anos, mas a ilusão da dimensão do tempo faz-me projectar para sítios bem mais distantes. Porque a fantástica naturalidade parece-me longínqua- os tempos em que a sucessão de acontecimentos era bem aceite não parecem estar ao alcance da minha impaciência.
Sinto-me distante desses tempos fantásticos, que não fazem por menos para chamar a atenção já que sou confrontado com situações e pessoas iguais às de dois anos. E não sei lidar com elas.
Apesar da saudade de certa ingenuidade e simplicidade, não me sinto mal agora que mais sei, porque há mais interesses e mais acontecimentos. No entanto, saudosismo (apesar de não pedir mais que um dia desses tempos) tem-me invadido.
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Pessoal
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
"When the Zetas fill the skies/ Will our leaders tell us why?"
Como é, decerto, sabido pelas pessoas que me rodeiam (e não só), os Muse têm novo álbum de longa duração. Chama-se The Resistance.
No passado Domingo, ouvi-o pela primeira vez (confesso o pecado, como seguidor [quase] religioso destes senhores) depois de ouvir críticas positivas sobre a sonoridade do mesmo. Nada que não se esperasse, dada a genialidade de Matt Belamy e parceiros e a (vá lá, admita-se) adoração da imprensa por eles.
O que eu achei do álbum? Já lá vamos. Deixem-me levar-vos à minha "relação" com a banda:
Era uma noite de dia de trabalho, como muitas outras, e um amigo meu recém-baptizado para além das fronteiras da pop, através do MSN, sugeriu-me que visse um vídeo de uns britânicos com penteados a lembrar autênticos cientistas com pouca sanidade mental. Showbiz era a música. No início estranhei, no fim senti uma química incrível com a banda, pressentindo que algo de excelente estava para descobrir.
Black Holes and Revelations, o álbum mais recente da banda na altura ficou-me a saltitar nos ouvidos, e músicas como Map of the Problematique, Knights of Cydonia ou a própria Showbiz tinham-se tornado parte da trilha sonora da vida instável de um miúdo de 16 anos.
Recebi, na altura em que fiz 17 anos, um bilhete para o Rock in Rio com Muse no menu. Fiquei literalmente extasiado com aqueles cerca de 60 minutos em que eles tocaram para mim e para o resto dos comuns mortais. O concerto que mais me marcou, e, muito provavelmente será um dos que mais agarrados ficará na minha memória.
A partir daí, já conhecia grande parte da obra da banda, e fui descobrindo o que não conhecia (como o resto do último álbum). A ligação não diminuiu em nada, pelo contrário. Muse tinham-se tornado uma das all-time favorites. Algo com que eu me imaginaria identificar por muitos, e muitos anos...
... mas mal eu sabia que eles próprios não tinham uma identidade, e todo os gritos das cordas vocais, todos os grunhidos de guitarra, todos os malabarismos electrónicos encantadores eram próprios de uma crise de identidade crónica que os Muse atravessam desde o seu início.
Prova disso? O novo álbum. Ao tentarem procurar uma identidade e a tentar brincar a sério com certas coisas (Matt Bellamy, como qualquer talentoso músico que se preze, não é certo de ideias), acabaram por abafar a genialidade que, de facto, têm. Foi a procura de ser algo mais do que o que são... algo como a banda da década, do século, que tornou este álbum fraco para os fãs de Muse - ou pelo menos para este fã.
Agora sem dramas: esperava um bocadinho mais destes senhores da música. Algo menos... global.
Há o possível cenário da incompreensão da obra. Mas, caramba, estamos juntos há muito tempo!
P.S.: Não vos escrevi no melhor dos humores, muito menos achei esta altura a indicada para postar algo. As minhas ideias não estavam nem estão, propriamente, claras na minha cabeça. No entanto, sinto-me em falta com a escrita, e com quem me lê e diz apreciar ler (mesmo que não sejam sinceros, dão o apoio, e estaria a ser ingrato e hipócrita se não o referisse como causa de postagens actualizadas). Daí ter postado.
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Música
sábado, 12 de dezembro de 2009
"Se (...) não sai do jeito que quero, (...) não desespero"
Não pela música, mas pelo que ele representou para mim: a porta para a cultura brasileira, nomeadamente a chamada MPB. Uma cultura que eu pensava conhecer... até ver, ontem à noite (pela segunda vez, mas a primeira "a sério"), Cidade de Deus.
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Música
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"(...) you're best friend [could be] you're worst enemy "
Massas. Sociedade. Citadina. Cultura da "eficácia", do depressa e bem. Hipocrisia.
A meu ver, estes termos estão relacionados, e vejo-os todos como problemas. Os problemas principais do séc. XXI. As epidemias sérias da era contemporânea. Não há cura ainda, para o sistema.
Porquê hipocrisia? Porque numa sociedade onde a básica forma de viver passa por escalar a pirâmide dos nossos semelhantes; é estritamente necessário esquecer-se os pecados mortais e seguir os princípios do sistema... não aqueles pelos quais fomos ensinados (agora, a meu ver, a educação é apenas uma preparação para o referido sistema). Há minoria, os revoltados e que se afastam desse sistema... mas esses são os mais afectados, os mais destruídos.
Tenho-a enfrentado, e sofrido por ela. Tenho como último caso, uma das minhas melhores amigas: não esperava que o sistema te engolisse. Saberás quem és... mas se a alguém servir o carapuço, limitem-se a usá-lo - noutras palavras: Who the cap fit? Let them wear it.
P.S.: A frase do título não tem preço, é genialidade pura!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
"(...) I'm your pain when you can't feel (...)"
Vi, interrompendo uma sessão da tarde entediante própria de um Domingo, parte do concerto dos Metallica em Nimes, França...
Posso dizer que o tédio passou logo, e tudo aquilo que precisava ter no momento, tive-o: vontade de trabalhar, e descarga de adrenalina.
Independentemente do alinhamento, os Metallica, ao vivo no meu computador, conseguem pôr-me nesse estado (imaginem, então, o vosso amigo a vê-los ao vivo... ao natural).
Os rasgos de guitarra de Kirk Hammet, o acompanhamento sublime de James Hetfield, a incrível habilidade de Trujillo ao baixo e o carácter de Lars são qualquer coisa de único no mundo do espectáculo áudio. E se se conhecer Metallica, se se gostar de Metallica, o impacto é maior...
... quer dizer, ninguém gosta de Metallica. Não se gosta de Metallica, é-se Metallica.
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Música
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
"Through black days. Through black nights (...)"

Passam cerca de 40 minutos do dia 7 de Dezembro na altura em que vos escrevo. Tenho deveres a cumprir amanhã que me obrigariam a repousar mais cedo, mas eu, porque o sentimento o manda, escrevo mais um pergaminho virtual no meu espaço (pouco) público.
A obrigação de escrever (pouco) publicamente tem duas razões fantásticas, com nome incluído. São fontes de felicidade e empatia, que conseguiram (uma delas há mais tempo que outra) mostrar-me a importância da convivência, da socialização. Uma ensinou-me, a outra ajudou-me a pô-la em prática revelando-se como alguém que me ajudou quando eu tentava ajudar.
Ambas as razões que me fazem escrever mostraram-me os limites que a estima não tem. Isto é, a possibilidade de se criar empatia para lá do círculo de restrito com quem nascemos.
Elas (as razões) mereciam mais "pergaminhos virtuais" para além deste, mas a altura ainda não tinha surgido... surge agora, como que um cliché, no aniversário da existência delas.
A essas pessoas, tão especiais, estou grato pela atenção dispensada até ao momento.
A Deus (seja ele quem e como for), estou grato pela existência destas.
Aos criadores da internet, estou grato por poder dar os parabéns (pouco) publicamente a Nuno Rodrigues e Francisco Simões.
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Pessoal
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
"Malhão (...)"
Numa palavra se resume Pantera: Poderoso.
Provavelmente a mais conhecida, e talvez a mais "acessível".
Isto é Metal, meus caros.
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Música
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
"Guitarras de Amor"
Actualmente, verifica-se uma certa reticência relativamente à aceitação de artistas pop como bons músicos. Antes tínhamos, entre outros, Jimi Hendrix, Jimmy Page, Tony Iommi (Black Sabbath), Slash ou Kirk Hammett a fabricar riff's para CD's de top's de tabelas nacionais. Actualmente, predominam as melodias que nascem da criatividade de quem produz (Timbaland's e afins). É, portanto, normal o racíocinio da primeira frase.
No entanto, apesar de muito som sintético, conseguimos encontrar sempre, ainda que disfarçado nos CD's, algum som natural de pessoas que tem a felicidade de possuir o tal talento.
John Frusciante é grande exemplo. É o guitarrista de um banda considerada como comercial nos dias de hoje, mas se não fosse ele (com todo o respeito pelo desaparecido Hillel Slovak), essa banda não tinha a identidade que tem agora. Quando, na rádio, ouço uma sonoridade limpa, quase a chorar numa música alegre, associo logo aos Red Hot Chili Peppers.
Tenho ouvido a obra destes senhores, e não pude ficar menos espantado com o talento de John Frusciante com as cordas. É qualquer coisa de fantástico. Principalmente ao vivo, onde ele demonstra todo o seu potencial, inventando solos notáveis, que por soarem tão naturais nos fazem pensar sobre se conhecemos ou não a música.
Vale a pena ouvir a música que vos deixei (que não será, com certeza, a melhor dele), e outras mais em que Frusciante assume protagonismo para os amantes da guitarra.
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Música
sábado, 28 de novembro de 2009
"Derby é Derby, e vice-versa" (Mário Jardel)

(capa do livro "Histórias do Benfica x Sporting, Sporting x Benfica")
28 de Novembro de 2009. Para além de se tratar de mais um aniversário da minha querida vizinha (a quem aproveito para dar os sinceros parabéns), joga-se mais um derby.
O Benfica vai a Alvalade com 11 (!) pontos de vantagem, com uma forma de jogar fantástica que põe os benfiquistas mais cépticos com água na boca. Ao contrário do Sporting, que apresenta um histórico 8º lugar à 10º jornada e uma forma de jogar pobre. Jogo de contrastes, dado o passado recente.
No entanto, no passado fim-de-semana, houve sortes diferentes às recentemente encontradas para os velhos rivais: o Sporting bateu uma equipa da III Divisão e seguiu em frente na Taça de Portugal, e o Benfica foi derrotado em casa frente ao Vitória de Guimarães. Foi a primeira derrota do Benfica em casa, e a primeira vitória folgada do Sporting nesta época.
Portanto, dado o passado ainda mais recente que o acima referido, será, tendo em conta as devidas proporções, um jogo de contrastes.
Dizem os experimentados neste tipo de jogos, que costuma ganhar quem pior está. Mas a questão está exactamente aí: quem estará pior? É algo subjectivo. E a minha opinião em relação a esse fenómeno assenta no miticismo. Ganhará quem for melhor dentro do Alvalade XXI das 21:15 às 23:05, ou quem estiver mais motivado durante esse período de tempo... e não quem estiver pior.
Quanto à qualidade técnica, o Benfica apresenta clara vantagem sobre o rival. Já quanto ao elan (como Jesus adora referir), basta referir que o Sporting tem um treinador novo (apesar das exibições do Benfica darem uma motivação natural aos jogadores).
Portanto, decidir quem vencerá será um pouco complicado, porque o Benfica tem as suas ausências no onze (nomeadamente, o patrão da defesa) e alguns condicionados... ao contrário do Sporting, que apenas tem um lesionado "crónico" (Izmailov).
Espero que seja um bom jogo, com muitos golos. E, sobretudo, que haja ausência de fanatismos por parte da imprensa nacional: ganhe uma ou outra equipa, por favor, não falem em prosperidade nem em crise- porque este jogo será apenas e só um jogo (estamos na 11ª jornada, ainda). É um Sporting-Benfica, mas não decide o campeão nacional, nem o vencedor de nenhuma taça.
Nenhuma das equipas merece ser baleada com palavras destrutivas por falta de sorte ou inspiração.
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Futebol
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
"(...)"
E ao acaso, confronto-me com uma obra-prima escondida do meu interesse por vários anos. Só depois de a encontrar é que sei da obrigatoriedade e necessidade de a apreciar. É Carlos Paredes, são guitarras, é Coimbra.
Bastaram 1:18 minutos para me aperceber da riqueza desta obra. Os suficientes para me arrepiar como nunca me arrepiei com uma música.
Sublime, este enorme artista, que é tão nosso (apesar de não o merecermos).
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Música
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"Go ask Alice, when she's 10 feet tall..."
(a música começa aos 47 segundos)
Uma letra fantástica, a despir toda a decência de "Alice no País das Maravilhas" (Segundo a vocalista e autora da letra, este filme estimula o consumo de drogas numa fase mais adiantada da vida da criança que o vir). Do vídeo já sou um admirador de longa data- foi feito por um estudante de Design e Multimedia para o seu exame final e põe em "prática" a teoria de Grace Slick.
Apreciem o vídeo e a letra.. valem a pena.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
"Oh Carolina..."
(Eu e este post não temos nada a haver com a foto que aparece no final do vídeo...)
A uma rapariga que há pouco conheço, mas muito estimo. Um tributo à sua pessoa, e à sua maioridade. Parabéns, Carolina B.!
"Olhó Mantorras!" :D
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Pessoal
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
"Now I'm triyn' to wake you... up"
Foram, praticamente de caras, a banda do meu verão 2009. Muitas das noites na garagem foram passadas a ouvir Placebo, e quando saía de encontros, sozinho, em direcção a casa punha a tocar no meu extinto e saudoso mp4. Era música para os meus momentos de solidão, e criei, definitivamente, empatia com a banda. Será sempre uma daquelas bandas com que mais me identificarei. Uma das bandas que ligarei à minha adolescência, e que, espero, terá mais posts dedicados no blogue.
Hoje, durante a minha manhã livre, fui à procura de música deles para buscar inspiração ao relaxamento. Comecei pela "Ashtray Heart", andei pelo álbum mais recente, e eis que encontro o vídeo que vos trago. Um miúdo que se torna pai do seu pai autista. Ou assim parece. É qualquer coisa de incrível a expressividade da criança, ou o olhar vago do adulto em questão. A música a acompanhar ("Song to Say Goodbye" numa versão mais extensa é sublime).
Qualquer coisa de muito especial. Recomendo.
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Música
domingo, 22 de novembro de 2009
"Calado, vales o dobro"
Mudar de opinião é bom (como referia Leonor Pinhão há umas semanas atrás, na habitual crónica de quinta-feira no jornal A Bola). Eu acrescento: mudar de opinião não só é bom, a ponto de mostrar carácter e forte personalidade por parte de quem admite mudá-la, como é saudável admitir que se muda, deixando-se de parte qualquer orgulho ferido restando nas veias ou perda de identidade aos olhos dos outros. Mudar de opinião é uma coisa que custa a muita gente fazer.
Eu orgulho-me de o fazer neste momento. Nunca fui "à bola" com um colunista do Record. Um tal de Daniel Oliveira (escreve todas as sextas-feiras, na última página do jornal). A primeira impressão foi logo a de se tratar de um ser pouco parcial, e ferido com a própria vida, vendo no seu computador (ou seja lá onde fôr que escreve) o saco de boxe, o local onde podia deixar "esmurradas" as suas frustrações. Nunca me pareceu muito objectivo, também.
Mas a minha opinião sobre Daniel Oliveira mudou, e bastou a crónica da passada sexta-feira para isso acontecer.
É certo que ele "desancou" em alguém, mas essas pessoas mereciam ser alvo da ira de quem quer que fosse. Trata-se dos comentadores da TVI. Esses mesmos que, na passada quarta-feira, no alto do seu pedestal, proferiram expressões como "esta gente" para descrever o comportamento dos cidadãos bósnios.
Tudo bem que é reprovável a vontade de censura de um hino nacional, ou o acto de se atirarem objectos para o relvado. Mas há 3 anos também se ouviram assobios ao hino da selecção belga, e lembro-me de ver um assistente de Paulo Paraty ser atingido por uma moeda de 50 cêntimos num jogo em pleno solo nacional. E nós não tínhamos saído de situações de guerra, nem em nenhum desses jogos se justificava a agressividade própria dos momentos mais importantes de uma nação (coisa que para os bósnios acontecia)
No mínimo, Valdemar Duarte em particular, foi prepotente. E o desprezo que deu às gentes de leste, é o desprezo com que se deveria ouvir as palavras por ele proferidas (têm sorte de haver espectáculo para além deles). Custa a admitir que se trata do típico português.
E não, não consigo mudar de opinião como aconteceu com Daniel Oliveira, porque hoje V. Duarte voltou a ser o típico português quezilento e sequioso de polémica: o Benfica não fez uma exibição agradável, mas a vitória era merecida, e não, não se tratou da pior exibição da história como tão insistentemente quiseram pintar.
Ao senhor Valdemar Duarte, com todo o respeito: guarde o cenário no sítio onde lhe fôr mais conveniente, e pense um bocado antes de falar. Estou certo de que já terá idade e experiência para isso. (só um rapaz de 18 anos)
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Futebol
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
"Custou, mas deste-o"
A frase é da minha avó, e não podia ter calhado melhor a acompanhar esta cena (ela, que é usualmente acusada de ter tão pouco sentido de oportunidade e tão mau timming), que anuncia o fim da melhor trilogia de sempre da história do cinema.
O Don da família Corleone, Michael é baleado por gente que lhe queria mal logo após ver a sua filha morrer. Aquela pausa imensamente dramática e ensurcedoramente silenciosa é algo de muito especial, algo que se aproxima ao sorriso de Mona Lisa no seu quadro (várias interpretações, e todas levam à genialidade e perfeita representação humana).
Michael morre anos depois, sozinho.
Já vi várias críticas ao terceiro filme da saga, mas a opinião sobre o fim deste é unânime: brilhante! Godfather III vale a pena... nem que seja só pelo seu fim, ou pelo desempenho de Al Pacino- um dos melhores entre os melhores... no seu melhor!
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Cinema
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
"O chamado Rock Experimental"
São o que os Explosions in the Sky tocam, ou aquilo que os chamados peritos dizem ouvi-los tocar. Na minha opinião, trata-se mais de uma banda inserida no panorama post rock do que outra coisa qualquer. Rock Experimental é, a meu ver, uma coisa mais Tool, composta de forma menos ordeira e com altas frequências "baixas" (provenientes do baixo).
Enfim, seja o que fôr que esta banda baseada no Texas toca, é algo definitivamente bom. Com gritos de alívio de um conjunto de guitarras deprimidas, e que soltam para fora o que lhes corrói a alma. É algo quase inexplicavelmente belo de se ouvir. Algo que vale a pena partilhar com semelhantes.
A música chama-se "First Breath after Comma" e está presente na série Friday Night Lights. Não é a música com que mais me identifico, mas foi a que me chamou a atenção destes rapazes.
Aqui fica, com o meu selo de recomendação.
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Música
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"Clear Eyes! Full Hearts! Can't Loose!"

Ontem acabei de ver a 1ª temporada de Friday Night Lights. Acabou por sobrar para segunda os dois episódios que me restavam porque não aguentei até o dia religioso (Domingo). Demorei muito, e muito tempo a acabar de ver a temporada dos Dillon Panthers rumo à final estadual (cerca de 5 meses). Não seria uma série que apelasse muito à minha atenção, e para além de tudo, comecei a vê-la quando estava em época de exames, que precedeu o Verão (altura em que não passo tanto tempo em casa). Ou seja, houve fortes factores condicionantes ao acompanhamento regular da série.
Ia vendo um ou outro episódio, mas não me agarravam ao ecrã. Até que chegou o frio, e me refugiei no arsenal de gravações. Comecei a ver os episódios da série mais regularmente, e as características com que me identificava foram aumentando de intensidade. Chegados os últimos 6 episódios, já não podia largar. Ficou, e conseguiu marcar-me.
Passando à história da série propriamente dita: trata do percurso de uma equipa de futebol americano de uma localidade pequena do Texas, desde o início da temporada regular, atravessando às várias fases, até à final. O percurso é, como seria de prever, sinuoso, mas é garra, a determinação, a paixão, o rigor disciplinar a que se submetem a maior parte dos jogadores que me fazem identificar com a série. Principalmente porque há resultados, e há adoração da parte do público da cidade. É isto tudo que me leva atrás no tempo e me coloca nos meus tempos de jogador de futebol federado, onde punha tudo o que pudesse pôr em campo e nos treinos, recebendo como troca o orgulho não só dos meus pais, como de toda a gente à volta da equipa. Grande parte das emoções fortes (gloriosas ou de desalento) que se vivem pelos jogadores de Dillon, desde o início ao fim, foram vividas por mim.
É, definitivamente, uma série com carácter altamente emotivo (por vezes dramático), e que consegue tocar aos mais sensíveis.
Para além disto, há uma série de histórias a acompanhar o percurso dos Dillon Panthers- trata-se de uma equipa de futebol regional (as equipas de futebol americano regionais são sempre compostas por jovens jogadores, estando estes, por norma, em liceus), o que traz uma série de namoros, intrigas e tudo mais à baila.
Portanto, o aditivo de os actores representarem pessoal à volta da minha idade e todos os acontecimentos (felizes ou infelizes) adjacentes da mesma põe a série num patamar pessoal muito alto. E, diga-se, as personagens são fantásticas- a facilidade com que se consegue entrar na história de cada um provoca a sensação de estarmos a viver aquele momento.
Ah, e já me esquecia: banda sonora excelente- rock experimental do melhor, com os desconhecidos Explosions in the Sky (na minha opinião, os Linda Martini americanos) encarregues de grande parte da obra.
Tem um significado especial. Pelo menos esta primeira temporada.
P.S.: Friday Night Lights (Sextas Sob Pressão, traduzindo para a versão legendada na TV nacional) é transmitida todos os dias por volta das 7 na FOX. É um horário desfavorável... mas agora com as gravações tudo se torna mais fácil. Eu que o diga.
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"Jogo charme, ela ignora/ (...)/ Eu escrevo, ela não lê"
Seu Jorge- Mina do Condomínio.
"Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Eu vou
Eu digo "oi" ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega eu paro tudo
Se ela passa eu fico doido
Se vem vindo eu faço figa
Eu mando beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio
Minha musa
Minha vida
Minha Monalisa
Minha Vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio"
terça-feira, 10 de novembro de 2009
"E se...?"
De súbito e sem razão, o mundo pára. Aparentemente toda e qualquer pessoa no mundo cai inanimada no chão. Este apagão dura exactamente 137 segundos - 2:17 minutos- e põe o mundo em caos: carros a embater contra prédios, autocarros cheios de pessoas a cair na água, aviões a cair... pessoas feridas e mortas por consequência.
Estes factos dão que pensar à pessoa ordinária, e remetem-nos naturalmente para um estado de preocupação: "E se isto acontecesse mesmo?"; "E se eu estivesse a andar num autocarro, e o motorista apagasse, conduzindo-me para a morte?"; "E se eu estivesse num avião, e, parando tudo, cairia para o abismo sem saber?"; "E se nesse preciso momento a pessoa que mais estime estivesse nessa situação ou pior?". Só de pensar nisso, já se torna aterrorizador... agora imaginem o pânico de viver essa situação caótica. A angústia e a preocupação com os nossos entes queridos, o desespero na cara de quem nos rodeia durante o momento, a horrível sensação de estar completamente desamparado- o cenário perfeito para quem quer assustar, algo inimaginável nos meus devaneios mais profundos (...acreditem que eu até sou criativo).
A esta situação junta-se o bizarro aditivo de se ter visões do futuro enquanto se está "off". A data em que todas as pessoas se vêem é a mesma- 29 de Abril de 2010- e as "previsões" de cada um são compatíveis (a x vê a y na sua visão, e a y têm precisamente a mesma visão com a x).
O que terá causado tudo isto? Lamento ainda não ter respostas, mas estou curiosíssimo para saber. A genialidade de Brannon Braga e David S. Goyer já me contagiaram e já sou espectador incondicional de "Flash Forward".
Ainda só vi 3 episódios, e mal posso esperar para desvendar o que pode vir. Claro que encontro defeitos na série como a falta de capacidade de gerar novas respostas e levantar novas questões até ao fim da 1ª temporada que pode "atirá-la" para o "enche-chouriço" declarado. Mas até agora, não podia estar mais satisfeito: posso dizer que foi a sério que mais me conseguiu intrigar em tão pouco tempo.
Mais que recomendado!
P.S.: "Flash Forward" é transmitido pelo AXN, e vai para o ar às quartas-feiras às 22:25, com repetição às quintas-feiras às 17:10. No próximo Domingo, às 14:10, é transmitido um especial de três episódios.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
"Sweet Child O' Mine" - I

Dez músicas da minha infância (faltam aqui algumas pelo facto alheio à minha pessoa de não as ter encontrado na base de dados Radio Blog Club, mas irei postar mais)... algumas músicas custam a admitir, confesso:
Texas- Say What You Want
Savage Garden- I Knew I Love You
Natalie Imbruglia- Torn
The Verve- Drugs Don't Work
Fatboy Slim- Rockafeller Skank
Eiffel 65- Blue
Tom Jones- Sex Bomb
Daft Punk- One More Time
U2- Beautiful Day
Whigfield- Saturday Night (AHAHAHAHAH, mítica!)
domingo, 8 de novembro de 2009
"Little Boxes"
Em pouco mais de 60 dias, vi qualquer coisa como 50 episódios. Isto é, quase 1 episódio por dia (incluindo os dias mais atarefados, em que o tempo não abunda).
Destes dados consegue-se tirar a conclusão do quão viciante pode ser "Weeds" (traduzido para "Erva" na versão difundida pela RTP2).
O enredo é relativamente simples e fácil de entender: Nancy Botwin vê-se confrontada com a morte do marido, e, com a tragédia, a espinhosa missão de criar os seus dois filhos e manter o seu nível de vida. Vê-se obrigada a caminhar por caminhos proibidos, e pede ajuda ao seu cunhado Andy (viciado, então, em marijuana) que acede e fala com as fontes da "indústria". Ela começa a traficar erva numa localidade para gente rica como forma de conseguir reagir à morte do falecido marido.
Esta é a base da série. Mas o desenvolvimento da mesma não acontece como qualquer rip off dos Sopranos: tem uma pitada de humor excelentemente gerida, histórias paralelas fantasticamente simples, e personagens absolutamente geniais - a começar pela principal (uma quarentona com um enorme sex appeal, e espécie de desejo proibido a emanar por todos os poros), passando pelos filhos (o mais novo é um génio problemático, e o mais velho um adolescente de 16 anos a descobrir as fantásticas experiências destas alturas), e pela sua "equipa".
À medida que a série vai avançando, Nancy vai evoluindo de simples vendedora a membro da máfia mexicana... até namorar com o Big Boss da mesma. O envolvimento do espectador, com isto, vai aumentando, principalmente se acompanhar a série desde o seu início. E, claro, este é facilitado pela naturalidade de Mary-Louise Parker na representação de Nancy Botwin, e por todos os condimentos adicionais (subliminares, ou não... nem me interessa saber) que Jenji Kohan (criador) conseguiu colocar nesta fantástica produção.
Hoje, como tinha combinado comigo mesmo, vi o último episódio da 4ª temporada. Guardei-o para Domingo, esse dia religioso. E não poderia estar menos arrependido: revelações fantásticas e impensáveis, pontos finais e novos começos... a culminar 30 minutos de especulação e fantasia com aquilo que podia acontecer.
Simplesmente brilhante.
P.S.: A série é transmitida às segundas-feiras, na RTP 2, pelas 22:45 e às terças-feiras, no MOV, pelas 22:30 (com repetições às quartas às 4:35).
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Séries
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
"(...)together we cry"
Este post provavelmente não será do agrado dos leitores de temas como futebol. Esses, muito possivelmente, reprovarão o que aqui irei escrever. Vá, podem chamar-lhe um "post de gaja"... mas esses são necessários, são mesmo.
Durante os meus 14 anos, vivi experiências únicas. Chumbar um ano, por muito estranho que pareça, foi das melhores coisas que podiam ter acontecida à vida deste vosso amigo: devido a esse facto, mudei de escola e de personalidade. Ou melhor, concluí o processo de aprendizagem social que me fora incutido antes por pessoas que ainda hoje não me são vistas como as principais culpadas desse ano fantástico (mas que, eventualmente, tenho a certeza, conseguirei identificar).
Aos 14, passada uma depressão, um abandono trágico de coisas que me motivavam e agarravam à Terra com afinco, consegui fazer verdadeiros amigos. Daqueles que seriam capazes de pôr em causa os próprios princípios para me tolerar, e manter uma relação comigo. Consegui criar laços afectivos com pessoas que realmente me estimavam e que investiriam em mim mais tarde. Pessoas importantes, na verdadeira acepção do conceito (seja ele qual fôr). Viria a conhecê-las no fantástico ano de 2005.
As relações, devido ao facto de finalmente me conseguir alienar de tudo o que pudesse influenciar o meu comportamento natural, foram amadurecendo e houve poucos que sobreviveram à minha personalidade, mas esses foram e serão (com a minha absoluta certeza) pessoas na elite restrita das que realmente têm significado na minha vida. Apercebi-me disso ao ler este comentário:
"Um adolescente não tem nada a reviver, só a viver" concordo plenamente contigo :)
Mais uma vez, o texto está fantástico.
Conheci-te quando tinhas 14, mas foi sem dúvida neste verão (dos teus 16) que começaste a fazer parte da minha vida... E agora és uma das partes essenciais dela...Enfim, tu sabes o que és para mim.
Adoro-te."
Só pode ter vindo de uma pessoa porque foi com ela que mantive contacto propício a este comentário, e só com ela sentiria o que senti ao ler isto. A verdadeira melhor amiga que qualquer gajo gostaria de ter.
Inês Moreira: fica aqui a minha resposta, a minha retribuição. Tu mereces.
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Pessoal
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
"(...)take me to the place I love, take me all the way"
Peço desculpa aos leitores assíduos do blogue pela breve ausência, este vídeo constitui o regresso, e, em parte, a justificação pela referida ausência... ouvir a música que vos trago hoje deu-me uma sensação incrível, pelas circunstâncias actuais.
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Música
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
"Carrega Fabinho..."

Na passada segunda-feira o Benfica voltou a vencer e a, mais que convencer, encantar os afectos ao clube. 6-1 foi o resultado final, frente à quarta melhor equipa do campeonato passado e a uma das quatro integrantes do panorama europeu português.
A equipa voltou a apresentar um futebol atraente, com muito jogo ofensivo e coordenação entre as peças principais do xadrez de Jorge Jesus.
Como de costume, o resultado, na primeira parte, foi modesto: 2-1 (algo que serviria para a satisfação dos adeptos benfiquistas em outros tempos). Mas o Benfica, seguindo a tendência dos últimos jogos, entrou em força, e passada uma hora de jogo os golos marcados já haviam duplicado, ficando a meia hora final preenchida com mais dois tentos.
O ânimo para o jogo era o mesmo dos últimos (grande expectativa, e confiança numa vitória), mesmo pesando o facto de encontrar-se uma equipa, por norma, organizada na defesa e com soluções atacantes eficazes. No entanto, a notícia da lesão de César Peixoto caiu um bocado mal na confiança, surgindo a dúvida sobre a capacidade defensiva do seu substituto, Fábio Coentrão (independentemente da moral e forma apresentadas pelo novo puto maravilha).
Manuel Machado, como seria de esperar, apostou no corte das linhas laterais para prevenir o perigo do incansável Ramires e o creativo Di Maria. E foi isso que "tramou" o Benfica nos primeiros instantes. No entanto, a decisão de Jesus em colocar o improvisado lateral esquerdo Fábio Coentrão trouxe de volta a mística recente dos encarnados e, ao colocar duas lanças apontadas ao ataque no lado esquerdo, desequilibrou e baralhou as contas dos madeirenses e, na minha opinião, foi essa a chave do jogo: no primeiro golo, Patacas (lateral direito do Nacional) ficou com Di Maria e esqueceu-se de Coentrão que fugiu e assistiu Cardozo para "matar"; no segundo, ninguém contava com um "canto indirecto", o que baralhou as marcações e permitiu o puto-maravilha assistir Saviola para o re-estabelecimento da desigualdade no marcador. Esses são lances capitais, a meu ver, e Coentrão revelou-se decisivo (o homem do jogo, a par do "hat-tricker" Cardozo).
O próximo jogo é em Braga, um dos jogos mais difíceis da Liga e que mais responsabilidade exige da equipa. Jesus pretende colocar Coentrão à esquerda, novamente... mas será que irá ter o mesmo êxito? Eu dou o benefício da dúvida, mas não sei se será a melhor solução: relembro-vos que o golo sofrido contra o Nacional teve parte da responsabilidade do improvisado lateral esquerdo; relembro-vos, também, que a eficácia atacante com um membro extra no lado esquerdo do ataque já é conhecida e que esta encontra pela frente a melhor defesa do campeonato (o Nacional, antes do jogo com o Benfica, e com um jogo a menos, tinha o dobro dos sofridos do actual co-líder, Sp. Braga); relembro-vos, porque também é necessário, do caudal ofensivo atrevido da equipa orientada por Domingos que já causou estragos a Porto e Sporting... Coentrão irá ter pela frente um dos alas em melhor forma em todo o campeonato (Alan).
Cautela e prudência nas euforias... a missão não se afigura fácil.
P.S.: "um vintém é um vintém, um cretino é um cretino" disse Manuel Machado em relação aos quatro dedos que Jesus, alegadamente, usou para o provocar. Compreendo a frustração de um perdedor para o seu maior inimigo, mas reprovo quem defendeu o treinador do Nacional com arrogância do opositor: "Não é possível, com bacalhau, cozinhar lagosta" não são propriamente palavras de gente humilde.
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Futebol
terça-feira, 27 de outubro de 2009
"Melody A.M." UTA*

Os agridoces 16 anos acabavam de chegar, e eu, com tanto alarido e tanta história fantástica sobre este número, nem sabia o que fazer com ele. Era algo estranho, na altura, mas sabia que qualquer coisa de fantástica se passaria, e o Verão criaria condições para isso. Tinha uma namoradita na altura, boa rapariga, mas cujo namoro (sem que ambos fossemos culpados, mas inteiramente responsáveis... mais eu do que ela, é verdade) não perdurou por eternidades adolescentes... enfim, creio que nos fartámos. Mais eu, é verdade. Sentia que agora, com 16 (a tal idade), estava na altura de pôr de parte sentimentalismos, lamechices e outras coisas mais (nomeada e lamentavelmente a moral)... fazer-me à vida!
Fiz-me, tentei virar a minha vida do avesso só para ver no que dava e criei situações que até então me pareciam impossíveis (só pela diversão de o fazer). Resultado: sangue a fervilhar com frequência, e cotovelo partido como consequência. Experimentei mesmo algo novo no Verão dos meus 16- sala de operações (não é das melhores memórias que tenho, não).
E assim passei um mês de um Verão calorento, repleto de festas e dias de praia: fechado em casa, engessado. Mas a obsessão por experimentação permanecia, e eis que me libertei do efeito pseudo-revivalista (pensamos que sabemos mas só nos apercebemos depois de passar pelas situações: um adolescente não tem nada a reviver, só a viver) e daquela fórmula de música que não passava da guitarras, baixos e baterias. Decidi experimentar coisas novas, e entrei na electrónica. Royksopp surgiu por sugestão de uma amiga, e a seguir à emotiva "Only This Moment" do segundo álbum da banda, surgiu a vontade de explorar mais, entrando assim o Melody A.M. em cena... muito provavelmente o álbum do Verão dos meus 16.
As batidas suaves tomam conta de quase todo o álbum, que acompanham, por norma, uma sonoridade que impediam qualquer penetração de maus pensamentos. Só boas vibes, ideal para alguém com testosterona no auge. Exemplos máximos: "Sparks", "In Space" ou "She's So".
Mas a identidade deste Melody AM, apesar de se manter constante ao longo do álbum, consegue, para além de criar um bom ambiente numa sala de estar, pôr-nos a dançar (mas sempre com boas vibes): O tema inicial é sublime no que à conjugação das duas "personalidades" toca e as conhecidas "Remind Me" e "Poor Leno" põem qualquer pé a acompanhar a batida.
Um álbum que me marca em duas maneiras: por ser, provavelmente, e como referi, o álbum dos meus 16, e por me re-introduzir à música electrónica e me "atirar" para o Downtempo e o Trip-Hop- a adoração por Massive Attack veio a seguir, assim como artistas como U.N.K.L.E., Portishead ou Sneaker Pimps (mas disso podemos falar depois).
P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum (e prestem atenção à faixa nº6... ideal para quem chega stressado a casa)
*Um dos Tais Álbuns
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Música
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
"Ice Age comin', Ice Age comin'.."
(não é o vídeo oficial; o único que encontrei tinha uma qualidade sonora pouco aceitável)
Recomendei hoje, esta música a uma pessoa que considero amiga. Por dois motivos: andei com ela o dia todo a "pairar-me" na cabeça, e porque aos meus amigos só aconselho coisas que considero boas (pelo menos, em termos musicais).
Esta música faz parte do álbum "Kid A", que foi a cara da mudança dos Radiohead para um estilo menos "comercial" e mais "inteligente" (se me permitem).
Depois deste "Kid A", a banda de Tom Yorke fez, ao todo, mais 4 álbuns com electrónica introduzida ao contrário dos 3 com predomínio de guitarras "rasgadas" e percussão "básica". Antes disto, eram conhecidos como grandes senhores de rock progressivo dos anos 90... e continuam a ser identificados dessa maneira. Com certeza que o fã mais desatento reconhecerá mais facilmente músicas como "Paranoid Android" ou a mítica "Creep" do que esta genial "Idioteque" ou a mais recente (e com graus semelhantes de genialidade) "15 Step".
É frequente, se experimentarem, ver uma pessoa qualquer a julgar Radiohead como uma banda de rock progressivo, a face mais conhecida. Mas o mais curioso é que essa não é a face predominante.
Se eles se importarão? Não sei. Mas considero que as últimas quatro obras da banda apresentam sobriedade, transmitida e evidenciada (pelo menos, para mim) nesta "Idioteca"... que coincide, curiosamente, com a fase que atravesso (o choque com a realidade). Daí a publicação.
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Música
domingo, 25 de outubro de 2009
"The Marshall Mathers LP" UTA*

Negar o passado é algo que considero reprovável, e, apesar de não fazer tudo o que admito fazer e de me ser conveniente negar certos factos da minha vida passada, tento o máximo possível admitir o que se passou em tempos distantes. Mas mesmo distantes:
Foi há cerca de 8 anos atrás, a música "Stan" era um dos singles em top's pela europa fora. Cá o sucesso não era tanto, mas na altura os canais de música (há excepção do extinto "Sol") eram todos estrangeiros. Eu, como típico pré-adolescente a descobrir a paixão pela música, dividia a minha programação entre futebol e esses precisos canais. A música "Stan" ficou-me no ouvido, e foi um daquelas paixonetas, aparentemente assolapada, por single's.
Juntamente com um Nokia 3310, roupa da "Resina" (bem disse que me custava admitir certas coisas...), artigos de futebol e feijões mágicos do Harry Potter (...mesmo), lá estava ele: The Marshall Mathers LP, com 18 músicas inapropriadas para um miúdo de 10 anos tão aparentemente precocemente desenvolvido. Nas primeiras alturas, naturalmente, só ouvia a "Stan". Mas a curiosidade de um pré-adolescente explorador, e o número excessivo de vezes que tocou a faixa 3, levou-me a explorar o resto CD.
Começa com um anúncio público a avisar os críticos de que, independentemente do que escrevessem, ele não quereria saber... segue-se a controversa e orelhuda "Kill You", que antecede a música do momento. Seguem-se uns "skits" de conversas com supostos editores, e mais músicas extremamente corrosivas em relação à sociedade, mantendo a identidade muito característica de Eminem- do talento do homem para a lírica ninguém pode duvidar (negar, muito menos). Este talento, era acompanhado com uma batida, por norma, dramática, que conferia às músicas uma natural afeição ao ouvido. Era qualquer coisa de brilhante, algo que conseguia identificar na altura... e ainda hoje consegui.
Eu, com uma identidade musical relativamente segura e que se distancia deste tipo de música, decidi ouvir o álbum e recordar os saudosos tempos de inocência (que ironia), e digamos que não passei um mau bocado nem cheguei enfartado ao fim do álbum... antes pelo contrário, descobri outra coisa fantástica nele: chama-se "Kim", e demora 6 minutos- trata-se de uma discussão altamente acesa sobre o rapper e aquele que supostamente seria o amor da sua vida, sendo a música com o tom mais dramático e acompanhada por uma conversa cantada... é muito bom, seja qual for ouvinte.
O álbum estaria aqui inevitavelmente. Mas não custa assim tanto admitir o passado.
P.S.: Carreguem aqui para ouvir.
*Um dos Tais Álbuns
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009
"(...)makes you really want to think and stop(...)your eyes from flowing"
Momentos de genialidade. Todos têm, e tenho garantias de que apenas são aproveitados ao máximo em cerca de 5% das vezes pela maior parte das pessoas.
Claro que há os sobredotados ou os génios. Esses têm mais momentos desses, ou melhor, têm-nos e não os sentem, ficando o que eles vêm de banal numa obra a magnífica concepção de uma beleza rara ao olho comum. Esses, acabam por ser infelizes por nunca se aperceberem realmente do valor do que fazem, apenas "ouvem dizer" que fizeram. Vivem na eterna tristeza do vazio de nunca terem feito algo que os ultrapasse.
Os felizes, normais, conseguem aperceber-se dessa riqueza que têm dentro deles e do potencial que, de facto, têm. E se dão à luz do Mundo uma obra prima que se possa repetir, a tendência é para o fazerem- espalhar o génio deles. Mas claro, a mística nunca será a mesma para eles, e mais tarde ou mais cedo aperceber-se-ão das falhas da sua obra. As falhas que eles vêem e mais ninguém vê. E tornam-se nos verdadeiros tristes ("afinal só sou o que sou aos olhos dos outros"), por se aperceberem de que uma das suas maiores obras, das que mais se orgulham, não tem tanto valor assim. Apenas os outros conseguem enxergar a face mais brilhante de um ser não-iluminado.
Daron Malakian, de origem arménia, normal e feliz por natureza, conseguiu ter um momento brilhante à guitarra numa qualquer experiência. E da rude e violenta "Psycho", conseguiu prolongar um solo aparentemente "improlongável", e trazer calmaria onde essa parecia impossível existir. Deixou andar os seus dedos e fê-los "puxar" o canto da guitarra. E o resultado foi genial. Momento de genialidade. "Sacou" esse solo (Serj, seu colega de banda, auxiliou-o com o piano), partilhou a genialidade com o Mundo, e o resultado nada mais foi que não pura magia- o súbito prazer que surge ao ouvido do comum fã de música e, sobretudo, de System of a Down.
Duvido, pelas várias vezes que o fez, que ele consiga sentir o que nós sentimos a ouvir a sua obra. Nem mesmo ao vivo, porque não acredito no contágio emocional neste tipo de coisas. A fantástica tristeza.
Ouçam, que vale a pena (é a partir do minuto 02:52, mas nada perdem a ouvir a música toda ou a assistir ao fenómeno da fantástica massa amada de uma das minhas bandas de eleição).
terça-feira, 20 de outubro de 2009
"Con perdón de las damas (...), chupen"

Depois de muito sofrimento atípico para uma selecção como a Argentina, a selecção das pampas conseguiu apurar-se para o Mundial 2010 sem ter de passar pelos decisivos e emocionantes playoffs.
Mesmo que não se conseguisse apurar directamente, nos playoffs estaria sempre uma equipa de média qualidade para o patamar da... América do Norte. Isto é, uma equipa, por norma, mais fraca relativamente às equipas apuradas pela América do Sul. O apuramento para o Mundial não estava, por isso, assim tão em risco como muitos o quiseram pôr para a selecção argentina. Fizeram o funeral ao treinador da formação, e até lhe cantaram um hino fúnebre antes das derradeiras jornadas.
Frente ao Peru, a vitória foi arrancada a ferros, e frente ao Uruguai a exibição foi terrivelmente má, apesar da vitória sobre o eterno rival. Mas o que é certo é que a Argentina se qualificou.
São tudo factos: A horrível interpretação dos factos por parte da comunicação social argentina (quanto mais a vou conhecendo, menos vontade tenho de o fazer), a péssima campanha de qualificação para o Mundial por parte da Argentina e a falta de experiência do treinador. O 1º acabou por agravar os seguintes, mas estes também foram evidentes... apesar de se esperar mais paciência pelos orgãos de comunicação social por um treinador que se estreava ao comando de uma selecção (e logo com uma tarefa árdua pela frente), e não uma autêntica caça ao homem através do insulto. Não me imagino a aguentar a chacina de que foi alvo o seleccionador argentino...
... no entanto, também não me imagino a proferir as palavras que este mesmo proferiu (carreguem aqui para ouvi-las), nem me imagino a expressar da maneira que ele se expressou. Nada justificava esquecer-se a boa educação, o exemplo que ele é para o jovens e a imagem que ele representa fora do seu país.
Condenável: em primeiro lugar, Diego Maradona; em segundo, o alto ênfase dado pela comunicação social de todos os países às suas palavras; em terceiro, aquilo que os media argentinos fizeram antes destas palavras; em quarto, os que justificam as palavras de Maradona com o consumo de cocaína (nunca pensei haver tanto excesso de ignorância e pequenez...)
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Futebol
domingo, 18 de outubro de 2009
"Master of Puppets" (UTA*)

Este álbum ganhou outro significado quando ouvi, triste por não ter comparecido à chamada, online, o concerto deles no Super Bock Super Rock 2007. A "Orion" tocou-me profundamente, principalmente por ser precedida de uma das malhas mais poderosas ("Four Hoursemen") e esta música começar um pouco mais calma. Eles controlaram o público de uma maneira única... não há muitas bandas que se possam dar ao luxo de ter uns fãs tão fiéis como os de Metallica, e que respeitam as "travagens a fundo" (passagem ao instrumental) ao contrário do simplório e comum "sempre a subir" a que nos habituaram outras bandas (do género, ou não). Acreditem que é difícil encontrar "sucessora" à FH numa sequência.
Foi esse mesmo respeito e controlo que me surpreendi com a reacção do público à Master of Puppets. Que ovação!
Felizmente, pude sentir, dois anos mais tarde, na pele, o sangue a subir à cabeça com os primeiros "toques" de Mr. Hammett.
Foi o SBSR'07 que me atirou aos "cães", e fui, pela primeira vez, ouvir o álbum completo. Era semi-iniciado (dois anitos de música pesada) neste tipo de estilo, e fiquei estranhamente entretido com a sonoridade com que fui sendo presenteado. A começar com uma escolha fantástica para "opener", "Battery" começa calma e ameaçadora de uma catástrofe. Prolonga-se por seis minutos, e dá lugar à mítica e poderosa entrada da "Master of Puppets"- conheçam ou não a música, após ouvir "Battery", só faz sentido seguir-se a MoP... é tão natural. "The Thing That Sould Not Be" acaba por acalmar as hostes e a "Sanitarium" consegue complementar na perfeição essa calmaria antes de nova tempestade (simplesmente uma das melhores baladas de sempre no trash metal -performance ao estilo característico de Kirk Hammett), que começa com os acordes electrizantes da ácida Disposable Heroes, que antecede a Lepper Messiah - só esta sequência justificaria o rótulo de obra-prima do trash metal. Somos invadidos, depois, com, provavelmente a melhor música instrumental dos Metallica (quase a par da ...And Justice For All), e acabamos com a Damange Inc, numa mistura de malhas propícias ao moshpit. Alinhamento perfeito.
Trata-se de um álbum de trash metal puro, e cheio de emotividade: pelo facto de ter sido este a rampa de lançamento para o sucesso da maior banda de heavy metal, por ter sido aquele álbum que colocou os Metallica nos big four do trash (juntamente com Anthrax, Slayer e Megadeth), e sobretudo porque foi o último álbum a contar com a presença do virtuoso Cliff Burton - dos melhores baixistas de sempre.
Outro dos álbuns da década de 80. Outro dos tais álbuns da minha vida.
P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum completo.
*Um dos Tais Álbuns
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Música
sábado, 17 de outubro de 2009
"Tu estás só, e eu mais só estou (...)"
Gostava mesmo de escrever algo sobre isto, mas a genialidade da simplicidade desta letra é tanta que só iria estragar o momento aos leitores/ouvintes. Desfrutem:
"Tu estas livre e eu estou livre
E ha uma noite para passar
Porque nao vamos unidos
Porque nao vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Tu estas só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mao aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mao deserta
Vem que o amor
Nao é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te das
Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
Do melhor que ja nao vem
E a esperanca foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada "
"Tu estas livre e eu estou livre
E ha uma noite para passar
Porque nao vamos unidos
Porque nao vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Tu estas só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mao aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mao deserta
Vem que o amor
Nao é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te das
Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
Do melhor que ja nao vem
E a esperanca foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada "
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009
"Appetite for Destruction" (UTA*)

Nunca tinha prestado atenção nem nunca tinha sido grande fã do fenómeno que é e foi os Guns N Roses, até certa altura.
Amigos e conhecidos meus tinham t-shirts, falavam-me da personalidade incontrolável de Axl Rose e do brilhantismo de Slash. Mas eu, não sei bem porquê, ficava-me pelos clássicos deles e pouco mais: nunca tive grande interesse em descobrir para lá da Knockin' on Heavens Door ou da Sweet Child O' Mine...
... até certa altura. Altura essa, que coincidiu com o lançamento do novo álbum da banda, o Chinese Democracy. O ruído à volta do álbum era imenso: foi lançado com uns (salvo erro) 13 anos de atraso, e era o primeiro álbum de originais da banda desde o Use Your Illusion II, lançado 17 anos antes (curiosamente, no meu ano de nascimento).
Li um artigo numa popular revista nacional sobre Axl, e contínuas mensagens de expectativa em relação ao novo álbum da banda. Despertou-me a curiosidade e decidi fazer-me à aventura... um amigo e colega de turma aconselhou-me a ouvir os álbuns anteriores a este para notar a diferença entre o presente e o passado. Assim o fiz.
Appetite for Destruction gerava, logo pelo título, uma sensação de libertação e de rebeldia. E "os motores de arranque" do Welcome to the Jungle dão mesmo o mote para o começo de uma jornada incrível. Sou confrontado com um hard rock potente quando passo para Night Train ou Mr. Brownstone (que tão colada ao meu ouvido ficou). O caos não pára, e só aumenta quando a sequência desde Paradise City a Think About You rasga os meus tímpanos. Segue-se a mítica Sweet Child O Mine, com aquele que é, simplesmente, o início mais fulgurante de sempre... a sugerir felicidade ao expoente máximo- música mágica, sem dúvida. Até aqui foi sempre a subir, e as últimas três faixas do álbum acabam por soar um bocado menos acessíveis ao ouvido, escondidas as suas qualidades pela grandiosidade da música que as precedeu- único defeito apontado ao álbum.
No fim, sentia-me feliz, realizado. Não sei pelo quê, nem porquê. Mas os Guns, com Appetite for Destruction, logo na primeira vez que ouvi o álbum, conseguiram uma empatia muito difícil de criar. A partir daí, a minha indiferença aos Guns desapareceu radicalmente.
Indiscutivelmente, um dos melhores álbuns da década de 80, e muito provavelmente, um dos melhores de sempre. Vale a pena!
P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum completo.
*Um dos Tais Álbuns
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
"What now, my love...?"
Depois da vitória folgada sobre a Hungria, e depois da derrota da Suécia em Copenhaga, ficávamos mais aliviados da preocupação de ir ao Mundial (ou aos playoffs). Ficávamos dependentes de nós mesmos, só precisando de uma vitória sobre a Malta (uma selecção que só havia conquistado, até então, 1 mísero ponto em 9 jogos) em casa.
O jogo aconteceu, e, como esperado, fomos logo confrontados com uma defesa recuada, nunca com menos de 9 jogadores atrás da linha da bola, e com uma concentração tal à entrada da grande área que fazia lembrar uma equipa madeirense que jogou na Luz na primeira jornada do corrente campeonato. Portugal, para ultrapassar esta "muralha", teria que procurar as alas, ou rematar de longe. A primeira solução estava logo limitada com o facto de Miguel Veloso não ser tão capaz em manobras ofensivas e com o problema não tão esperado da exibição do meio-apagado José Bosingwa; a segunda, nem sempre foi bem conseguida. No entanto, Portugal, chegou mesmo à vantagem aos 14 minutos por Nani, afastando quaisquer maus pensamentos de surpresas desagradáveis.
Pensava-se que a partir daí, nos soltaríamos mais, mas acabou por manter-se o mesmo jogo. Uma equipa não recuava, e a outra simplesmente não era capaz de penetrar a muralha.
Chegámos ao intervalo a vencer 2-0, e seria de esperar um pouco melhor na 2ª parte. Algo que acabou por não acontecer, apesar de mais dois golos apontados.
Seria de esperar maior irreverência nas alas, e mais dinâmica de meio-campo perante um jogo com estas características. Prefiro pensar que a exibição de Bosingwa, as limitações ofensivas de Miguel Veloso, o mau momento de forma de Raúl Meireles, o esquema táctico (o 4x3x3 declarado, em vez da espécie de 4x2x3x1 que Queiroz costuma usar) e a ausência de Cristiano Ronaldo desculpam o facto de a selecção não se ter apresentado com o calibre que o Mundo está habituado a ver em nós, e que vamos levar de vencido quem vier (Ucrânia, Bósnia, República da Irlanda ou Eslovénia), fazendo grande campanha, posteriormente, na África do Sul. Mas não tiro os pés do chão.
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"Nevermind" (UTA*)

Chego a casa desgastado de mais um dia de aulas, mas contente por finalmente chegar ao meu destino. Na realidade não me apetecia mais nada senão sentar-me a relaxar e ouvir um bocado da minha música. Percorro a discografia do meu disco externo, e parece-me adequado ouvir umas boas malhas, de um gajo que não pediu aquilo que tanto teve em excesso (e de uma banda que também o teve mas soube lidar com isso). Falo, claro está, da banda composta pelo frenético Dave Grohl, o irreverente Krist Novoselic e o "sempre adolescente" Kurt Cobain. Saudosos Nirvana!
A discografia, tenho-a toda, e há alturas em que o mais difícil não é escolher o melhor: Nevermind, pois claro. Por mais que tente ouvir pela 15ª vez os outros álbuns, não o consigo fazer... vou sempre dar ao Nevermind. Será cliché para os de fora, ver ser escolhido este álbum como o eterno favorito de todo o fã dos Nirvana? Provavelmente isso acontece com frequência, e provavelmente aquilo que me diz a mim o álbum, também é transmitido a quem o considera como um dos mais marcantes das suas vidas.
Não sei explicar bem o seu significado para mim. Mas sei que não é, simplesmente, o arranque sublime dos acordes da "Smells Like Teen Spirit", nem a genialidade simples da "Come As You Are", nem mesmo o espírito grunge a explodir na "Breed". Não, também não é o significado da "Lithium" (música que me agarrou e, basicamente, me trouxe para este mundo), muito menos a sequência de energia adolescente que vai desde a "Territorial Pissings" à "Stay Away". O facto do álbum ter sido gravado durante o meu primeiro de nascença também nada tem a haver com a grandiosidade que o disco tem para mim, não me considero tendencioso neste tipo de coisas (dizer que sou a reencarnação do Cobain, é pura brincadeira). É algo mais do que isto tudo.
O que é certo é que chego ao fim do álbum, e parece que acabo de chegar a casa vindo de Seattle, onde convivi com gente que cantava aquilo que eu sinto noutra língua, e sem as frustrações que me atormentavam no início da "viagem". Não sei se isso explica alguma coisa, mas é o máximo que consigo transmitir do significado do Nevermind para mim.
Sem dúvida, um dos álbuns da minha vida.
P.S.: Carreguem aqui para ouvir o álbum (sim, completo), e aqui para consultar o alinhamento.
*Um dos Tais Álbuns
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Música
terça-feira, 13 de outubro de 2009
"Glory Days"

Os amores de verão deixaram-lhe marca. Não apenas um, respeitando a verdade. Foram uma espécie de dias de glória para um miserável que não pode ter um bocadinho de atenção por parte do sexo oposto.
Mas o verão acabou, e com eles a espécie de dias de glória. A auto-confiança não era, claramente, a mesma, mas ele tentava, ainda assim, o impossível. Manter os dias de glória com os azuis-escuros dos dias cinzentos. Complicado, e nada aconselhável.
Assim o fez, e partiu para o desconhecido. Atirou-se de cabeça. Perdeu-se, e encontra-se agora numa imensa escuridão daqueles olhos, e preso aos cabelos loiros que tão bem ficam naquela cara inocente e apelativa. Mas ela é querida por muito mais gente, e foi o mínimo de atenção que lhe deu que o pôs o mundo dele às voltas.
Ele já tentou, ou pensa que tentou. Ela, nem deu por isso.
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Pessoal
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
"You were always so far away..."
Obra prima dos Alice in Chains. As guitarras leves, melancólicas e tristes, assim como a lírica e o título, sugerem a ausência sentida de um irmão ou algo semelhante, do ponto de vista emocional/afectivo.
A versão unplugged consegue acentuar esse mesmo estado de espírito, e aprimorar ainda mais algo tão sentido. Aliás, foi mesmo o facto de ser unplugged que me fez perceber a música e gostar dela. É estranho e interessante verificar esse tipo de fenómeno em mais bandas, músicas e público: "Nothing Else Matters" dos Metallica é adorada por quem não gosta de Metallica e foi a sua versão acústica que colocou a música no patamar das mais aceites pelo público dito comercial, e o albúm Unplugged dos Nirvana conseguiu catapultar-me para o fenómeno que a banda foi durante os tempos em que dava os primeiros passos... a mim e a mais gente, certamente (já para não falar que se trata de uns melhores albúns de sempre, na minha opinião).
Talvez pelo facto de os Alice in Chains não terem sido tão comercializados em Portugal, esta e outras músicas (como a épica "Rooster" ou a primorosa "Heaven Beside You") não apareçam debaixo da língua da pessoa comum, mas garanto que ao ouvir-se uma e duas vezes, ficará... e não será pelos piores motivos.
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Música
sábado, 10 de outubro de 2009
"The Decider"

A expressão/palavra, ouvi-a pela primeira vez, vindas da boca de Seth MacFarlane e da cara de Roger Smith, na série "American Dad". Nesse episódio, Roger iria, ao fim de muito tempo (e sem que ninguém desse por isso), fazer aquilo que lhe competia na sua missão terrena: decidir entre quem vivia e quem morria na Terra. Ele decidia.
No entanto, a festa durou pouco, pois cedo se apercebeu que tudo (ele) não passava de mera experimentação. Ele não era o tal alien com o tal poder, mas apenas uma cobaia de um teste- daí ter vindo à Terra.
Semelhante situação aconteceu esta noite, no Estádio da Luz. Houve uma alma iluminada que pôde decidir o destino da selecção nacional: morrer ou sobreviver e sonhar com o Mundial 2010, eram os dois caminhos possíveis. Tal como o "The Decider", essa alma decidiu, e apontou para o desejo de todos os portugueses. Tal como o "The Decider", essa alma também passou de despercebida, e ninguém conseguiu notar a sua importância... aliás, estará uns quantos lugares para baixo na lista de eleitos pelo povo para o jogador mais importante no jogo desta noite. Mas ele decidiu, podem ter a certeza.
Quando o fez? Quando compensou Duda, e evitou que Portugal ficasse perante um venenosíssimo contra-ataque da selecção magiar com um carrinho fantástico, num raciocínio rápido e com uma perspicácia a fazer lembrar João Vieira Pinto (que, curiosamente, também decidiu durante os seus tempos), evitando que Portugal ficasse em desvantagem no marcador, e baixasse animicamente.
Para além disto, deu tranquilidade aos homens que se encontravam atrás dele, e funcionou como uma espécie de tampão (espécie de... não um, como é, por exemplo, Javi Garcia no Benfica), evitando outras situações que pudessem ser desgostosas para uma nação.
Claro está que não falo de Simão Sabrosa, nem de Liedson... porque nem sempre (ou quase sempre que não) são os avançados a resolver. Falo, sim, de Pedro Mendes.
Notou-se a sua presença ao olho mais atento, aos amantes da táctica... terá passado despercebido ao resto do povo. Este sim, decidiu. Se foi o "The Decider" ou não, não me restam duvidas. Se será ou não, a Queiroz caberá... mas é certo que notei a defesa nacional muito mais tranquila e consistente, e o resto da selecção mais animada do que, por exemplo, com Pepe.
E agora?
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Futebol
"Hey, Hey, and I saved the world today..."

Aimar foi chamado à selecção argentina por Diego Maradona há cerca de uma semana para os jogos cruciais frente ao Peru e ao rival, Uruguai. São dois jogos importantíssimos, na medida em que a Argentina corre o risco de cair num buraco histórico- caso falhe em vencer os dois jogos, a selecção das pampas, muito provavelmente, não irá ao Mundial de Selecções pela primeira vez em muitos anos, e falhará esta competição pela terceira ou quarta vez num período superior a 70(!) anos.
Será de estranhar a chamada de um jogador como Aimar para uma situação tão delicada como esta? Para o adepto mais distraído, e mais receptivo (chamemos-lhe assim) àquilo que lê na comunicação social, com certeza, não haverá. E há fortes razões para uma pessoa comum achar que, de facto, El Mago não foi chamado por acaso: A começar pelo excelente momento de forma em que o jogador se encontra, com exibições a fazer lembrar os seus velhos e gloriosos tempos em que era indiscutivelmente seleccionado; a passar pela mau aura que paira sobre a selecção argentina, a necessitar de alguém com a motivação ao máximo; e a acabar nas debilidades que o sector onde Aimar actua tem apresentado: nem o veterano Verón conseguiu colmatar, nem o génio Riquelme parece disposto a fazê-lo (depois de um desentendimento com Maradona, o jogador do Boca Juniors decidiu retirar-se da selecção do seu país).
Há factos, é certo, que apontam para a chamada de Aimar à selecção argentina. Com essa até acabo por concordar. Mas há consequências que vêm com ela e que me fazem uma "comichão" imensa, e, que, infelizmente, parecem ser crónicas: a imprensa argentina e portuguesa tem, frequentemente, apontado o jogador do Benfica como o novo salvador da pátria. Isto é irritante, porque demonstra o sensacionalismo de que se alimentam jornais... e as (muitas) pessoas que os lêem. No início deste ano, depois de não se ter conseguido afirmar na melhor forma, Aimar era visto como o jogador perdido e carregando o peso dos seus tempos de glória às costas, chegando ao Benfica, alegadamente, à procura de uma "reforma generosa"... agora, vira ídolo.
Será correcto, ou melhor, justo, colocar a fasquia tão alta num só jogador (que é quem é) numa situação de tão-grande responsabilidade? Sim, sabemos da capacidade real de Aimar, e se calhar, ainda nem vimos o máximo dela, mas isso nunca será suficiente para colocar o fato de bombeiro a Aimar, e esperar que ele salve, sozinho, um prédio com grandes probabilidades de ruir.
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Futebol
"Há muito, muito tempo..."
Tinha 6 anos, e o futebol ainda era uma coisa estranha. Um fenómeno que levava as pessoas em meu redor a agir de maneira incompreensível, uma coisa que tinha o enorme poder de controlar a disposição do meu próprio pai. Foram os golos de Nuno Gomes, num jogo qualquer contra o Varzim (creio que para a Liga Portuguesa) que me fizeram mudar a forma de ver esse tal fenómeno. Foram esses golos (um de grande penalidade, o outro de bola corrida) que me mostraram o caminho. Esses, e a euforia contagiante do meu pai pelo Benfica. Começava a perceber e a gostar do fenómeno.
Daí até receber uma camisola do clube com o número 8 (o mais especial de sempre na Luz, de um ídolo que também era o meu até 2000), foi rápido para um miúdo de 6 anos por quem o tempo passava devagar. A partir daí, foi sempre a subir, e aparentemente tinha um talento inato para a bola, o que fez tudo menos pôr um travão à euforia do meu pai em relação ao tal fenómeno que já não era complexo para mim. Depois disso, chorava quando o Benfica perdia, dormia melhor quando ganhava, jogava à bola como um puto comia doces... marcar o primeiro grande golo na futebolada com os amigos da escola foi melhor que o primeiro beijo. Enfim, agarrei-me ao fenómeno. Depois disso, muito mais se passou.
Comecei a escrever sobre outro desporto, um americano, uma nova (mas sem comparação de intensidade) paixão. As crónicas revelavam algum jeito para a escrita, diziam-me. Eu agarrei-me a isso e fui escrevendo sobre o assunto, até atingir o patamar invejável das 100 crónicas. Pelo meio, até houve uma espécie de reportagem sobre o Euro 2008, mas escrever sobre futebol como vou começar a fazê-lo, inexplicavelmente, nunca me surgiu: por insegurança ou falta de motivo. Até chegarmos aos dias de hoje. Hoje, porquê? Porque o clube que pegou em mim e me atirou para o fenómeno está melhor do que alguma vez o vi. E se há saúde e confiança para os lados da Luz, há saúde e confiança nos benfiquistas... há saúde e confiança no país! E são esses dois factores que me empurram para o início de um novo percurso como cronista "amador" de futebol.
Daí até receber uma camisola do clube com o número 8 (o mais especial de sempre na Luz, de um ídolo que também era o meu até 2000), foi rápido para um miúdo de 6 anos por quem o tempo passava devagar. A partir daí, foi sempre a subir, e aparentemente tinha um talento inato para a bola, o que fez tudo menos pôr um travão à euforia do meu pai em relação ao tal fenómeno que já não era complexo para mim. Depois disso, chorava quando o Benfica perdia, dormia melhor quando ganhava, jogava à bola como um puto comia doces... marcar o primeiro grande golo na futebolada com os amigos da escola foi melhor que o primeiro beijo. Enfim, agarrei-me ao fenómeno. Depois disso, muito mais se passou.
Comecei a escrever sobre outro desporto, um americano, uma nova (mas sem comparação de intensidade) paixão. As crónicas revelavam algum jeito para a escrita, diziam-me. Eu agarrei-me a isso e fui escrevendo sobre o assunto, até atingir o patamar invejável das 100 crónicas. Pelo meio, até houve uma espécie de reportagem sobre o Euro 2008, mas escrever sobre futebol como vou começar a fazê-lo, inexplicavelmente, nunca me surgiu: por insegurança ou falta de motivo. Até chegarmos aos dias de hoje. Hoje, porquê? Porque o clube que pegou em mim e me atirou para o fenómeno está melhor do que alguma vez o vi. E se há saúde e confiança para os lados da Luz, há saúde e confiança nos benfiquistas... há saúde e confiança no país! E são esses dois factores que me empurram para o início de um novo percurso como cronista "amador" de futebol.
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Futebol
"E é isto..."
Um blogue como a maior parte dos que andam por aí. Por uns anos, andei especializado noutras áreas, criando blogues especificamente para estas, mas agora a diversidade e necessidade de escrever sobre várias coisas atiram-me para este novo "sítio-de-desabafo".
Assim, futebol, música, possivelmente literatura, política ou mesmo programas e séries de televisão terão reflectidos artigos de opinião, e não só. Não me limitarei à superficialidade das opiniões, e também poderão contar mesmo com desabafos pessoais (acredito que não sejam os mais interessantes, mas há essa necessidade), ou histórias/"imagino-divagações".
Uma viagem que espero longa, benéfica e acompanhada.
Assim, futebol, música, possivelmente literatura, política ou mesmo programas e séries de televisão terão reflectidos artigos de opinião, e não só. Não me limitarei à superficialidade das opiniões, e também poderão contar mesmo com desabafos pessoais (acredito que não sejam os mais interessantes, mas há essa necessidade), ou histórias/"imagino-divagações".
Uma viagem que espero longa, benéfica e acompanhada.
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