terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Clear Eyes! Full Hearts! Can't Loose!"

(da esq. para a dir.: Tim Riggins, Brian "Smash" Williams, "Coach" Eric Taylor, Jason Street, Lyla Garrity e Matt Saracen numa foto promocional à série)

Ontem acabei de ver a 1ª temporada de Friday Night Lights. Acabou por sobrar para segunda os dois episódios que me restavam porque não aguentei até o dia religioso (Domingo). Demorei muito, e muito tempo a acabar de ver a temporada dos Dillon Panthers rumo à final estadual (cerca de 5 meses). Não seria uma série que apelasse muito à minha atenção, e para além de tudo, comecei a vê-la quando estava em época de exames, que precedeu o Verão (altura em que não passo tanto tempo em casa). Ou seja, houve fortes factores condicionantes ao acompanhamento regular da série.
Ia vendo um ou outro episódio, mas não me agarravam ao ecrã. Até que chegou o frio, e me refugiei no arsenal de gravações. Comecei a ver os episódios da série mais regularmente, e as características com que me identificava foram aumentando de intensidade. Chegados os últimos 6 episódios, já não podia largar. Ficou, e conseguiu marcar-me.

Passando à história da série propriamente dita: trata do percurso de uma equipa de futebol americano de uma localidade pequena do Texas, desde o início da temporada regular, atravessando às várias fases, até à final. O percurso é, como seria de prever, sinuoso, mas é garra, a determinação, a paixão, o rigor disciplinar a que se submetem a maior parte dos jogadores que me fazem identificar com a série. Principalmente porque há resultados, e há adoração da parte do público da cidade. É isto tudo que me leva atrás no tempo e me coloca nos meus tempos de jogador de futebol federado, onde punha tudo o que pudesse pôr em campo e nos treinos, recebendo como troca o orgulho não só dos meus pais, como de toda a gente à volta da equipa. Grande parte das emoções fortes (gloriosas ou de desalento) que se vivem pelos jogadores de Dillon, desde o início ao fim, foram vividas por mim.
É, definitivamente, uma série com carácter altamente emotivo (por vezes dramático), e que consegue tocar aos mais sensíveis.

Para além disto, há uma série de histórias a acompanhar o percurso dos Dillon Panthers- trata-se de uma equipa de futebol regional (as equipas de futebol americano regionais são sempre compostas por jovens jogadores, estando estes, por norma, em liceus), o que traz uma série de namoros, intrigas e tudo mais à baila.
Portanto, o aditivo de os actores representarem pessoal à volta da minha idade e todos os acontecimentos (felizes ou infelizes) adjacentes da mesma põe a série num patamar pessoal muito alto. E, diga-se, as personagens são fantásticas- a facilidade com que se consegue entrar na história de cada um provoca a sensação de estarmos a viver aquele momento.
Ah, e já me esquecia: banda sonora excelente- rock experimental do melhor, com os desconhecidos Explosions in the Sky (na minha opinião, os Linda Martini americanos) encarregues de grande parte da obra.

Tem um significado especial. Pelo menos esta primeira temporada.


P.S.: Friday Night Lights (Sextas Sob Pressão, traduzindo para a versão legendada na TV nacional) é transmitida todos os dias por volta das 7 na FOX. É um horário desfavorável... mas agora com as gravações tudo se torna mais fácil. Eu que o diga.

7 comentários:

Joseph Pina disse...

Gostei muito do artigo sobre a série. Já faziam falta uns posts da tua parte.
Eu, pessoalmente, não sou muito ligado a futebol americano nem gosto muito do desporto, mas pelo que li a série pode ser boa até para quem não gosta de NFL. Prometo experimentar, já que me deixaste curioso.

Continua, e mantém o blogue actualizado sempre que puderes porque tens leitores assíduos.

Chin-Tzu disse...

Nunca vi a serie mas fiquei com curiosidade. tmbm pelo texto mas tmbm pelo facto de serem os explosion in the sky responsaveis pela banda sonora. adoro e tenho mta pena q sejam pouco conhecidos cmo o referiste e bem

MendesMachado disse...

Obrigado pelos comentários e pelos elogios ao texto. Fico contente por entusiasmar pessoal a assistir a uma série que eu recomendo (e que, de facto, vale a pena ser vista). Espero não vos desapontar.

Tentarei manter o blogue possível actualizado o máximo possível... e de preferência, divulgando coisas (séries... bandas!) que devem ser divulgadas e não tem a merecida difusão ;)

Beatriz Martins disse...

A tal serie.. Agora percebo a tua "adoração" se assim o posso chamar por esta série :P.

Se a série toca aos mais sensíveis então de certeza que me vai tocar a mim :P
Vou começar a acompanhar os episodios e depois quero ver se me vou tornar tão viciada como tu :P

MendesMachado disse...

Conheço pessoas que gostaram quase tanto da série como eu e que entenderam a minha adoração, mas não sei se consegue tocar a todos. A mim foi o facto de ser uma série com a qual me identificava imenso que pesou para gostar da mesma. Mas a outras pessoas é perfeitamente aceitável que isso não aconteça.

Joana Figueiredo disse...

pedro :)

acho que já te tinha dito mas volto a dize-lo, escreves mesmo muito bem :)

ah e obrigada por me achares parecida com a Lyla Garrity, apesar de eu não concordar x)

este texto fez com que ficasse com vontade de ver esta série e acho que vou gostar :)

MendesMachado disse...

Joana :)

Muito obrigado pelo elogio, e muito obrigado pelo comentário.
Já te expliquei a parecença com ela ;P.
Espero que vejas a série, conto com mais comentários.