segunda-feira, 30 de novembro de 2009
"Guitarras de Amor"
Actualmente, verifica-se uma certa reticência relativamente à aceitação de artistas pop como bons músicos. Antes tínhamos, entre outros, Jimi Hendrix, Jimmy Page, Tony Iommi (Black Sabbath), Slash ou Kirk Hammett a fabricar riff's para CD's de top's de tabelas nacionais. Actualmente, predominam as melodias que nascem da criatividade de quem produz (Timbaland's e afins). É, portanto, normal o racíocinio da primeira frase.
No entanto, apesar de muito som sintético, conseguimos encontrar sempre, ainda que disfarçado nos CD's, algum som natural de pessoas que tem a felicidade de possuir o tal talento.
John Frusciante é grande exemplo. É o guitarrista de um banda considerada como comercial nos dias de hoje, mas se não fosse ele (com todo o respeito pelo desaparecido Hillel Slovak), essa banda não tinha a identidade que tem agora. Quando, na rádio, ouço uma sonoridade limpa, quase a chorar numa música alegre, associo logo aos Red Hot Chili Peppers.
Tenho ouvido a obra destes senhores, e não pude ficar menos espantado com o talento de John Frusciante com as cordas. É qualquer coisa de fantástico. Principalmente ao vivo, onde ele demonstra todo o seu potencial, inventando solos notáveis, que por soarem tão naturais nos fazem pensar sobre se conhecemos ou não a música.
Vale a pena ouvir a música que vos deixei (que não será, com certeza, a melhor dele), e outras mais em que Frusciante assume protagonismo para os amantes da guitarra.
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Música
sábado, 28 de novembro de 2009
"Derby é Derby, e vice-versa" (Mário Jardel)

(capa do livro "Histórias do Benfica x Sporting, Sporting x Benfica")
28 de Novembro de 2009. Para além de se tratar de mais um aniversário da minha querida vizinha (a quem aproveito para dar os sinceros parabéns), joga-se mais um derby.
O Benfica vai a Alvalade com 11 (!) pontos de vantagem, com uma forma de jogar fantástica que põe os benfiquistas mais cépticos com água na boca. Ao contrário do Sporting, que apresenta um histórico 8º lugar à 10º jornada e uma forma de jogar pobre. Jogo de contrastes, dado o passado recente.
No entanto, no passado fim-de-semana, houve sortes diferentes às recentemente encontradas para os velhos rivais: o Sporting bateu uma equipa da III Divisão e seguiu em frente na Taça de Portugal, e o Benfica foi derrotado em casa frente ao Vitória de Guimarães. Foi a primeira derrota do Benfica em casa, e a primeira vitória folgada do Sporting nesta época.
Portanto, dado o passado ainda mais recente que o acima referido, será, tendo em conta as devidas proporções, um jogo de contrastes.
Dizem os experimentados neste tipo de jogos, que costuma ganhar quem pior está. Mas a questão está exactamente aí: quem estará pior? É algo subjectivo. E a minha opinião em relação a esse fenómeno assenta no miticismo. Ganhará quem for melhor dentro do Alvalade XXI das 21:15 às 23:05, ou quem estiver mais motivado durante esse período de tempo... e não quem estiver pior.
Quanto à qualidade técnica, o Benfica apresenta clara vantagem sobre o rival. Já quanto ao elan (como Jesus adora referir), basta referir que o Sporting tem um treinador novo (apesar das exibições do Benfica darem uma motivação natural aos jogadores).
Portanto, decidir quem vencerá será um pouco complicado, porque o Benfica tem as suas ausências no onze (nomeadamente, o patrão da defesa) e alguns condicionados... ao contrário do Sporting, que apenas tem um lesionado "crónico" (Izmailov).
Espero que seja um bom jogo, com muitos golos. E, sobretudo, que haja ausência de fanatismos por parte da imprensa nacional: ganhe uma ou outra equipa, por favor, não falem em prosperidade nem em crise- porque este jogo será apenas e só um jogo (estamos na 11ª jornada, ainda). É um Sporting-Benfica, mas não decide o campeão nacional, nem o vencedor de nenhuma taça.
Nenhuma das equipas merece ser baleada com palavras destrutivas por falta de sorte ou inspiração.
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Futebol
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
"(...)"
E ao acaso, confronto-me com uma obra-prima escondida do meu interesse por vários anos. Só depois de a encontrar é que sei da obrigatoriedade e necessidade de a apreciar. É Carlos Paredes, são guitarras, é Coimbra.
Bastaram 1:18 minutos para me aperceber da riqueza desta obra. Os suficientes para me arrepiar como nunca me arrepiei com uma música.
Sublime, este enorme artista, que é tão nosso (apesar de não o merecermos).
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Música
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"Go ask Alice, when she's 10 feet tall..."
(a música começa aos 47 segundos)
Uma letra fantástica, a despir toda a decência de "Alice no País das Maravilhas" (Segundo a vocalista e autora da letra, este filme estimula o consumo de drogas numa fase mais adiantada da vida da criança que o vir). Do vídeo já sou um admirador de longa data- foi feito por um estudante de Design e Multimedia para o seu exame final e põe em "prática" a teoria de Grace Slick.
Apreciem o vídeo e a letra.. valem a pena.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
"Oh Carolina..."
(Eu e este post não temos nada a haver com a foto que aparece no final do vídeo...)
A uma rapariga que há pouco conheço, mas muito estimo. Um tributo à sua pessoa, e à sua maioridade. Parabéns, Carolina B.!
"Olhó Mantorras!" :D
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Pessoal
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
"Now I'm triyn' to wake you... up"
Foram, praticamente de caras, a banda do meu verão 2009. Muitas das noites na garagem foram passadas a ouvir Placebo, e quando saía de encontros, sozinho, em direcção a casa punha a tocar no meu extinto e saudoso mp4. Era música para os meus momentos de solidão, e criei, definitivamente, empatia com a banda. Será sempre uma daquelas bandas com que mais me identificarei. Uma das bandas que ligarei à minha adolescência, e que, espero, terá mais posts dedicados no blogue.
Hoje, durante a minha manhã livre, fui à procura de música deles para buscar inspiração ao relaxamento. Comecei pela "Ashtray Heart", andei pelo álbum mais recente, e eis que encontro o vídeo que vos trago. Um miúdo que se torna pai do seu pai autista. Ou assim parece. É qualquer coisa de incrível a expressividade da criança, ou o olhar vago do adulto em questão. A música a acompanhar ("Song to Say Goodbye" numa versão mais extensa é sublime).
Qualquer coisa de muito especial. Recomendo.
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Música
domingo, 22 de novembro de 2009
"Calado, vales o dobro"
Mudar de opinião é bom (como referia Leonor Pinhão há umas semanas atrás, na habitual crónica de quinta-feira no jornal A Bola). Eu acrescento: mudar de opinião não só é bom, a ponto de mostrar carácter e forte personalidade por parte de quem admite mudá-la, como é saudável admitir que se muda, deixando-se de parte qualquer orgulho ferido restando nas veias ou perda de identidade aos olhos dos outros. Mudar de opinião é uma coisa que custa a muita gente fazer.
Eu orgulho-me de o fazer neste momento. Nunca fui "à bola" com um colunista do Record. Um tal de Daniel Oliveira (escreve todas as sextas-feiras, na última página do jornal). A primeira impressão foi logo a de se tratar de um ser pouco parcial, e ferido com a própria vida, vendo no seu computador (ou seja lá onde fôr que escreve) o saco de boxe, o local onde podia deixar "esmurradas" as suas frustrações. Nunca me pareceu muito objectivo, também.
Mas a minha opinião sobre Daniel Oliveira mudou, e bastou a crónica da passada sexta-feira para isso acontecer.
É certo que ele "desancou" em alguém, mas essas pessoas mereciam ser alvo da ira de quem quer que fosse. Trata-se dos comentadores da TVI. Esses mesmos que, na passada quarta-feira, no alto do seu pedestal, proferiram expressões como "esta gente" para descrever o comportamento dos cidadãos bósnios.
Tudo bem que é reprovável a vontade de censura de um hino nacional, ou o acto de se atirarem objectos para o relvado. Mas há 3 anos também se ouviram assobios ao hino da selecção belga, e lembro-me de ver um assistente de Paulo Paraty ser atingido por uma moeda de 50 cêntimos num jogo em pleno solo nacional. E nós não tínhamos saído de situações de guerra, nem em nenhum desses jogos se justificava a agressividade própria dos momentos mais importantes de uma nação (coisa que para os bósnios acontecia)
No mínimo, Valdemar Duarte em particular, foi prepotente. E o desprezo que deu às gentes de leste, é o desprezo com que se deveria ouvir as palavras por ele proferidas (têm sorte de haver espectáculo para além deles). Custa a admitir que se trata do típico português.
E não, não consigo mudar de opinião como aconteceu com Daniel Oliveira, porque hoje V. Duarte voltou a ser o típico português quezilento e sequioso de polémica: o Benfica não fez uma exibição agradável, mas a vitória era merecida, e não, não se tratou da pior exibição da história como tão insistentemente quiseram pintar.
Ao senhor Valdemar Duarte, com todo o respeito: guarde o cenário no sítio onde lhe fôr mais conveniente, e pense um bocado antes de falar. Estou certo de que já terá idade e experiência para isso. (só um rapaz de 18 anos)
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Futebol
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
"Custou, mas deste-o"
A frase é da minha avó, e não podia ter calhado melhor a acompanhar esta cena (ela, que é usualmente acusada de ter tão pouco sentido de oportunidade e tão mau timming), que anuncia o fim da melhor trilogia de sempre da história do cinema.
O Don da família Corleone, Michael é baleado por gente que lhe queria mal logo após ver a sua filha morrer. Aquela pausa imensamente dramática e ensurcedoramente silenciosa é algo de muito especial, algo que se aproxima ao sorriso de Mona Lisa no seu quadro (várias interpretações, e todas levam à genialidade e perfeita representação humana).
Michael morre anos depois, sozinho.
Já vi várias críticas ao terceiro filme da saga, mas a opinião sobre o fim deste é unânime: brilhante! Godfather III vale a pena... nem que seja só pelo seu fim, ou pelo desempenho de Al Pacino- um dos melhores entre os melhores... no seu melhor!
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Cinema
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
"O chamado Rock Experimental"
São o que os Explosions in the Sky tocam, ou aquilo que os chamados peritos dizem ouvi-los tocar. Na minha opinião, trata-se mais de uma banda inserida no panorama post rock do que outra coisa qualquer. Rock Experimental é, a meu ver, uma coisa mais Tool, composta de forma menos ordeira e com altas frequências "baixas" (provenientes do baixo).
Enfim, seja o que fôr que esta banda baseada no Texas toca, é algo definitivamente bom. Com gritos de alívio de um conjunto de guitarras deprimidas, e que soltam para fora o que lhes corrói a alma. É algo quase inexplicavelmente belo de se ouvir. Algo que vale a pena partilhar com semelhantes.
A música chama-se "First Breath after Comma" e está presente na série Friday Night Lights. Não é a música com que mais me identifico, mas foi a que me chamou a atenção destes rapazes.
Aqui fica, com o meu selo de recomendação.
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Música
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"Clear Eyes! Full Hearts! Can't Loose!"

Ontem acabei de ver a 1ª temporada de Friday Night Lights. Acabou por sobrar para segunda os dois episódios que me restavam porque não aguentei até o dia religioso (Domingo). Demorei muito, e muito tempo a acabar de ver a temporada dos Dillon Panthers rumo à final estadual (cerca de 5 meses). Não seria uma série que apelasse muito à minha atenção, e para além de tudo, comecei a vê-la quando estava em época de exames, que precedeu o Verão (altura em que não passo tanto tempo em casa). Ou seja, houve fortes factores condicionantes ao acompanhamento regular da série.
Ia vendo um ou outro episódio, mas não me agarravam ao ecrã. Até que chegou o frio, e me refugiei no arsenal de gravações. Comecei a ver os episódios da série mais regularmente, e as características com que me identificava foram aumentando de intensidade. Chegados os últimos 6 episódios, já não podia largar. Ficou, e conseguiu marcar-me.
Passando à história da série propriamente dita: trata do percurso de uma equipa de futebol americano de uma localidade pequena do Texas, desde o início da temporada regular, atravessando às várias fases, até à final. O percurso é, como seria de prever, sinuoso, mas é garra, a determinação, a paixão, o rigor disciplinar a que se submetem a maior parte dos jogadores que me fazem identificar com a série. Principalmente porque há resultados, e há adoração da parte do público da cidade. É isto tudo que me leva atrás no tempo e me coloca nos meus tempos de jogador de futebol federado, onde punha tudo o que pudesse pôr em campo e nos treinos, recebendo como troca o orgulho não só dos meus pais, como de toda a gente à volta da equipa. Grande parte das emoções fortes (gloriosas ou de desalento) que se vivem pelos jogadores de Dillon, desde o início ao fim, foram vividas por mim.
É, definitivamente, uma série com carácter altamente emotivo (por vezes dramático), e que consegue tocar aos mais sensíveis.
Para além disto, há uma série de histórias a acompanhar o percurso dos Dillon Panthers- trata-se de uma equipa de futebol regional (as equipas de futebol americano regionais são sempre compostas por jovens jogadores, estando estes, por norma, em liceus), o que traz uma série de namoros, intrigas e tudo mais à baila.
Portanto, o aditivo de os actores representarem pessoal à volta da minha idade e todos os acontecimentos (felizes ou infelizes) adjacentes da mesma põe a série num patamar pessoal muito alto. E, diga-se, as personagens são fantásticas- a facilidade com que se consegue entrar na história de cada um provoca a sensação de estarmos a viver aquele momento.
Ah, e já me esquecia: banda sonora excelente- rock experimental do melhor, com os desconhecidos Explosions in the Sky (na minha opinião, os Linda Martini americanos) encarregues de grande parte da obra.
Tem um significado especial. Pelo menos esta primeira temporada.
P.S.: Friday Night Lights (Sextas Sob Pressão, traduzindo para a versão legendada na TV nacional) é transmitida todos os dias por volta das 7 na FOX. É um horário desfavorável... mas agora com as gravações tudo se torna mais fácil. Eu que o diga.
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Séries
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"Jogo charme, ela ignora/ (...)/ Eu escrevo, ela não lê"
Seu Jorge- Mina do Condomínio.
"Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Eu vou
Eu digo "oi" ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega eu paro tudo
Se ela passa eu fico doido
Se vem vindo eu faço figa
Eu mando beijo ela não pega
Pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio
Minha musa
Minha vida
Minha Monalisa
Minha Vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio"
terça-feira, 10 de novembro de 2009
"E se...?"
De súbito e sem razão, o mundo pára. Aparentemente toda e qualquer pessoa no mundo cai inanimada no chão. Este apagão dura exactamente 137 segundos - 2:17 minutos- e põe o mundo em caos: carros a embater contra prédios, autocarros cheios de pessoas a cair na água, aviões a cair... pessoas feridas e mortas por consequência.
Estes factos dão que pensar à pessoa ordinária, e remetem-nos naturalmente para um estado de preocupação: "E se isto acontecesse mesmo?"; "E se eu estivesse a andar num autocarro, e o motorista apagasse, conduzindo-me para a morte?"; "E se eu estivesse num avião, e, parando tudo, cairia para o abismo sem saber?"; "E se nesse preciso momento a pessoa que mais estime estivesse nessa situação ou pior?". Só de pensar nisso, já se torna aterrorizador... agora imaginem o pânico de viver essa situação caótica. A angústia e a preocupação com os nossos entes queridos, o desespero na cara de quem nos rodeia durante o momento, a horrível sensação de estar completamente desamparado- o cenário perfeito para quem quer assustar, algo inimaginável nos meus devaneios mais profundos (...acreditem que eu até sou criativo).
A esta situação junta-se o bizarro aditivo de se ter visões do futuro enquanto se está "off". A data em que todas as pessoas se vêem é a mesma- 29 de Abril de 2010- e as "previsões" de cada um são compatíveis (a x vê a y na sua visão, e a y têm precisamente a mesma visão com a x).
O que terá causado tudo isto? Lamento ainda não ter respostas, mas estou curiosíssimo para saber. A genialidade de Brannon Braga e David S. Goyer já me contagiaram e já sou espectador incondicional de "Flash Forward".
Ainda só vi 3 episódios, e mal posso esperar para desvendar o que pode vir. Claro que encontro defeitos na série como a falta de capacidade de gerar novas respostas e levantar novas questões até ao fim da 1ª temporada que pode "atirá-la" para o "enche-chouriço" declarado. Mas até agora, não podia estar mais satisfeito: posso dizer que foi a sério que mais me conseguiu intrigar em tão pouco tempo.
Mais que recomendado!
P.S.: "Flash Forward" é transmitido pelo AXN, e vai para o ar às quartas-feiras às 22:25, com repetição às quintas-feiras às 17:10. No próximo Domingo, às 14:10, é transmitido um especial de três episódios.
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Séries
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
"Sweet Child O' Mine" - I

Dez músicas da minha infância (faltam aqui algumas pelo facto alheio à minha pessoa de não as ter encontrado na base de dados Radio Blog Club, mas irei postar mais)... algumas músicas custam a admitir, confesso:
Texas- Say What You Want
Savage Garden- I Knew I Love You
Natalie Imbruglia- Torn
The Verve- Drugs Don't Work
Fatboy Slim- Rockafeller Skank
Eiffel 65- Blue
Tom Jones- Sex Bomb
Daft Punk- One More Time
U2- Beautiful Day
Whigfield- Saturday Night (AHAHAHAHAH, mítica!)
domingo, 8 de novembro de 2009
"Little Boxes"
Em pouco mais de 60 dias, vi qualquer coisa como 50 episódios. Isto é, quase 1 episódio por dia (incluindo os dias mais atarefados, em que o tempo não abunda).
Destes dados consegue-se tirar a conclusão do quão viciante pode ser "Weeds" (traduzido para "Erva" na versão difundida pela RTP2).
O enredo é relativamente simples e fácil de entender: Nancy Botwin vê-se confrontada com a morte do marido, e, com a tragédia, a espinhosa missão de criar os seus dois filhos e manter o seu nível de vida. Vê-se obrigada a caminhar por caminhos proibidos, e pede ajuda ao seu cunhado Andy (viciado, então, em marijuana) que acede e fala com as fontes da "indústria". Ela começa a traficar erva numa localidade para gente rica como forma de conseguir reagir à morte do falecido marido.
Esta é a base da série. Mas o desenvolvimento da mesma não acontece como qualquer rip off dos Sopranos: tem uma pitada de humor excelentemente gerida, histórias paralelas fantasticamente simples, e personagens absolutamente geniais - a começar pela principal (uma quarentona com um enorme sex appeal, e espécie de desejo proibido a emanar por todos os poros), passando pelos filhos (o mais novo é um génio problemático, e o mais velho um adolescente de 16 anos a descobrir as fantásticas experiências destas alturas), e pela sua "equipa".
À medida que a série vai avançando, Nancy vai evoluindo de simples vendedora a membro da máfia mexicana... até namorar com o Big Boss da mesma. O envolvimento do espectador, com isto, vai aumentando, principalmente se acompanhar a série desde o seu início. E, claro, este é facilitado pela naturalidade de Mary-Louise Parker na representação de Nancy Botwin, e por todos os condimentos adicionais (subliminares, ou não... nem me interessa saber) que Jenji Kohan (criador) conseguiu colocar nesta fantástica produção.
Hoje, como tinha combinado comigo mesmo, vi o último episódio da 4ª temporada. Guardei-o para Domingo, esse dia religioso. E não poderia estar menos arrependido: revelações fantásticas e impensáveis, pontos finais e novos começos... a culminar 30 minutos de especulação e fantasia com aquilo que podia acontecer.
Simplesmente brilhante.
P.S.: A série é transmitida às segundas-feiras, na RTP 2, pelas 22:45 e às terças-feiras, no MOV, pelas 22:30 (com repetições às quartas às 4:35).
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Séries
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
"(...)together we cry"
Este post provavelmente não será do agrado dos leitores de temas como futebol. Esses, muito possivelmente, reprovarão o que aqui irei escrever. Vá, podem chamar-lhe um "post de gaja"... mas esses são necessários, são mesmo.
Durante os meus 14 anos, vivi experiências únicas. Chumbar um ano, por muito estranho que pareça, foi das melhores coisas que podiam ter acontecida à vida deste vosso amigo: devido a esse facto, mudei de escola e de personalidade. Ou melhor, concluí o processo de aprendizagem social que me fora incutido antes por pessoas que ainda hoje não me são vistas como as principais culpadas desse ano fantástico (mas que, eventualmente, tenho a certeza, conseguirei identificar).
Aos 14, passada uma depressão, um abandono trágico de coisas que me motivavam e agarravam à Terra com afinco, consegui fazer verdadeiros amigos. Daqueles que seriam capazes de pôr em causa os próprios princípios para me tolerar, e manter uma relação comigo. Consegui criar laços afectivos com pessoas que realmente me estimavam e que investiriam em mim mais tarde. Pessoas importantes, na verdadeira acepção do conceito (seja ele qual fôr). Viria a conhecê-las no fantástico ano de 2005.
As relações, devido ao facto de finalmente me conseguir alienar de tudo o que pudesse influenciar o meu comportamento natural, foram amadurecendo e houve poucos que sobreviveram à minha personalidade, mas esses foram e serão (com a minha absoluta certeza) pessoas na elite restrita das que realmente têm significado na minha vida. Apercebi-me disso ao ler este comentário:
"Um adolescente não tem nada a reviver, só a viver" concordo plenamente contigo :)
Mais uma vez, o texto está fantástico.
Conheci-te quando tinhas 14, mas foi sem dúvida neste verão (dos teus 16) que começaste a fazer parte da minha vida... E agora és uma das partes essenciais dela...Enfim, tu sabes o que és para mim.
Adoro-te."
Só pode ter vindo de uma pessoa porque foi com ela que mantive contacto propício a este comentário, e só com ela sentiria o que senti ao ler isto. A verdadeira melhor amiga que qualquer gajo gostaria de ter.
Inês Moreira: fica aqui a minha resposta, a minha retribuição. Tu mereces.
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Pessoal
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
"(...)take me to the place I love, take me all the way"
Peço desculpa aos leitores assíduos do blogue pela breve ausência, este vídeo constitui o regresso, e, em parte, a justificação pela referida ausência... ouvir a música que vos trago hoje deu-me uma sensação incrível, pelas circunstâncias actuais.
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